Distribuição de pílula do dia seguinte no carnaval gera polêmica
As prefeituras do Recife e de Paulista (PE) vão distribuir, durante o carnaval, pílulas do dia seguinte, usadas para impedir a gravidez após a relação sexual. A Igreja não gostou da iniciativa e afirma que irá entrar até na Justiça se autoridades não voltarem atrás.
As mulheres que fizerem sexo sem proteção vão ter direito a um kit de emergência. Cada estojo contém dois contraceptivos conhecidos como pílulas do dia seguinte, uma camisinha masculina e uma feminina.
As prefeituras argumentam que as pílulas do dia seguinte podem prevenir a gravidez indesejada. A Igreja não gostou da idéia e resolveu tentar impedir a distribuição das pílulas do dia seguinte no carnaval. Para a Arquidiocese de Olinda e Recife, os comprimidos estimulam a prática do sexo e até mesmo do aborto.
Se as prefeituras insistirem nessa medida, a Igreja diz que vai entrar com uma ação na Justiça. “É uma decisão criminosa porque fere todos os princípios de defesa da vida e da sua concepção. A gente entende que a vida tem início a partir da fecundação. A prefeitura tem que orientar a população a não tomar esse caminho de cultura da morte”, disse Vandson Holanda, da pastoral da Saúde.
Prevenção
Alheio à polêmica, mas atento à prevenção, o Ministério da Saúde vai enviar aos estados e ao Distrito Federal, na próxima semana, quase 20 milhões de camisinhas para o carnaval.
Já em Salvador, como acontece há 11 anos, o Bloco da Camisinha pretende distribuir 50 mil preservativos entre os foliões.