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A busca da Verdade

“Para as realizações promotoras de felicidade, a vontade será a guardiã dos passos direcionados aos objetivos da vida”.
“Tão logo se compreenda que vivemos sob a lei de causa e efeito, a vigilância será acompanhante atenta, e a vontade, a monitora de todo esse processo.”
Gerson Luiz Tavares

Dinâmica do Pensamento – A Ciência de Viver

Todos nós que singramos o mar da vivência terrena temos o primeiro e maior desafio: conhecermo-nos a nós mesmos. E se dedicarmo-nos um bom tempo a isto, não estaremos sendo egoístas.

Trata-se da condição primeira para seguir os preceitos de amor que Jesus nos registrou:

“(…) Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo (…)” – São Mateus, Cap XXII).
Difícil, muito difícil é por vezes para muitos de nós encararmos no espelho da reflexão, a auto-análise que façamos ou que a vida nos force a realizar.

Juíza perfeita dos nossos atos, nossa consciência nos cobra, mais cedo ou mais tarde, aquele débito que tenhamos para com as leis do Equilíbrio Divino. A cada ato ou pensamento que realizamos, que não condiga com a construção do Bem, alarma, ostensiva ou subjetivamente, nossa consciência. Na palavra desferida com ódio, no ato de agressão, na atitude de omissão, no medo desmedido, fruto do desconhecimento, o desequilíbrio da personalidade planta na mente e no corpo a semente do débito que, se não extirpada com uma contrapartida – a reparação – vicejará em árvore de sofrimento.

Muitos de nós que consegue suplantar esse mecanismo consciencial com a perseverança em valores morais que reputamos como fora de questão. Apenas por um tempo. A Justiça Divina, além não ser cega, é infalível. Ainda que dure mais de uma existência.
O ser humano, então, na estreiteza do seu pensamento, tomou Deus com características vingativas, puramente punitivas acerca dos deslizes de seus imprudentes filhos.

Estamos no alvorecer da consciência humana acerca de sua origem, sua constituição e destino. Esse avanço nos faculta conhecer um mecanismo básico do Universo: toda a conseqüência pressupõe uma causa. E para justificar nossas eventuais infelicidades, buscamos por vezes fora de nós a causa de incontáveis reveses que, se bem examinados, remetem a nós mesmos como seus causadores.

Conhecer a si mesmo também traz conhecimento do que está fora de si. Aprendendo a nos amar, estaremos em condições de amar o próximo, porque não podemos dar o que não temos. Conhecimento adquirido, responsabilidade assumida. Aquele que sabe, não poderá mais furtar-se a viver na Verdade, sob pena da cobrança da consciência, cada vez mais apurada.

Muitos se atemorizam ante o conhecimento de verdades, sobre si e sobre o Universo, necessitando freqüentemente quebrar preconceitos e práticas de longa data. O processo por vezes é longo, penoso. Mas não esqueçamos das sempre consoladoras e amáveis palavras do Cristo:

“A Verdade vos libertará.”

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