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Projeto prevê alertas à população sobre tempestades

A população gaúcha deverá ser imediatamente informada pela Defesa Civil das ocorrências meteorológicas de grande impacto.
Este é o conteúdo de projeto de lei em tramitação na Assembléia Legislativa e que obteve aprovação nesta terça-feira (26) na Comissão de Constituição e Justiça. O parecer favorável do deputado Luis Augusto Lara (PTB) foi aprovado e a matéria será encaminhada para votação em plenário.
 
Segundo o projeto, caberá à Defesa Civil utilizar informes oficiais de alerta à população sobre riscos causados por fenômenos meteorológicos de grande impacto. O informe conterá sugestões de medidas preventivas a serem adotadas em situação de emergência. A veiculação dos informações será efetuada, preferencialmente, pela Fundação Cultural Piratini, através da Televisão Educativa – TVE – Canal 7, e da Rádio FM Cultura – 107.7 MHZ.
 
O autor do projeto, deputado Giovani Cherini (PDT), destaca que a freqüência dos eventos meteorológicos com fortes conseqüências junto à população, determinam novos procedimentos de prevenção.
Desde o furacão Catarina, em 2004, que devastou Torres, os fenômenos meteorológicos têm sido mais intensos, como aconteceu também em São Francisco de Paula e Muitos Capões, na serra gaúcha, além de outras localidades.
Nesses episódios, a população foi surpreendida pelo impacto e violência dos eventos climáticos, apesar da ação rápida das municipalidades. No caso do furacão Catarina, até mesmo as autoridades foram surpreendidas pelo impacto da ocorrência climática.
 
Cuidados com a população
Os fenômenos naturais estão mais freqüentes e intensos, em parte, devido ao chamado efeito estufa. Especialistas defendem que a intensidade dos fenômenos, especialmente os furacões, fazem parte de um ciclo natural do planeta e poderão se tornar mais freqüentes.
Levantamento de pesquisadores em todas as bacias oceânicas nos últimos 35 (trinta e cinco) anos constatou que os furacões classificados como quatro e cinco (os mais fortes) praticamente dobraram nesse período. O assunto diz respeito também ao Atlântico Sul, tanto que a comunidade científica não descarta a possibilidade de uma nova ocorrência como o “Catarina” na costa meridional do Brasil.
 
Tanto no litoral quanto em outras regiões, a população residente, em sua maioria, é formada por núcleos sociais de baixa renda. Em geral, são residências de madeira, poucas de alvenaria, o que torna a população vulnerável à ação de fenômenos naturais graves. Com informações precisas, as autoridades locais poderão adotar procedimentos preventivos para diminuir os estragos, proteger a população, salvar vidas e reduzir os danos pessoais e materiais.

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