Tramandaí: mulher acusada de matar filho recém-nascido e deixar corpo em lixeira será julgada nesta quinta - Litoralmania ®
Tramandaí: mulher acusada de matar filho recém-nascido e deixar corpo em lixeira será julgada nesta quinta
Policial

Tramandaí: mulher acusada de matar filho recém-nascido e deixar corpo em lixeira será julgada nesta quinta

Denunciada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Tramandaí, a mulher que matou o bebê recém-nascido e deixou o corpo em uma lixeira em 2017 começará a ser julgada pelo Tribunal do Júri de Tramandaí às 9h desta quinta-feira, 1º de junho.

Serão ouvidas quatro testemunhas (três do MPRS e uma da defesa) antes do interrogatório da ré.

Após, se iniciarão os debates. MPRS e defesa terão 1 hora e 30 minutos cada para se manifestarem.

Se tiver réplica e tréplica, o tempo será de 1 hora cada.

A acusação em plenário será feita pelos promotores de Justiça André Luiz Tarouco Pinto e Karine Camargo Teixeira.

A ré, atualmente com 34 anos, responde por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver.

O CRIME

Utilizando cintas abdominais, shorts com extensão abdominal e protetores de seios, a ré vinha ocultando do companheiro e dos familiares a gravidez.

Em 11 de junho de 2017, por volta das 23h, ao entrar em trabalho de parto, ela foi até o banheiro do andar de baixo da residência onde morava com o companheiro e outros familiares, na Zona Nova de Tramandaí, e deu à luz a uma criança do sexo masculino.

Para matar o recém-nascido, ela o asfixiou enfiando uma bucha de papel na sua boca.

Posteriormente, colocou o bebê e a placenta em uma sacola plástica e deixou no armário do banheiro.

Para maquiar os barulhos e eventual choro do bebê, ligou o secador de cabelos e o chuveiro.

Depois, limpou todo o banheiro.

O crime foi cometido mediante asfixia e por motivo torpe, pois a intenção da ré era não estabelecer qualquer vínculo afetivo com o filho.

“Ela praticou o crime contra um recém-nascido, incapaz de esboçar qualquer tipo de defesa contra a agressão perpetrada.

Ainda dificultou qualquer possibilidade de alguém perceber o crime ao acionar chuveiro e ligar secador de cabelos, propagando barulhos que impediram que as pessoas presentes tomassem ciência dos fatos e agissem em defesa do recém-nascido”, disse o promotor.

No dia seguinte, por volta das 13h30, ela ocultou o cadáver do filho, colocando a sacola com a placenta e o corpo em uma lixeira localizada na Avenida Rubem Berta, em Tramandaí.

Um reciclador acionou a Brigada Militar quando encontrou o bebê em meio ao lixo.

MP RS

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