Caso Becker: polícia busca no litoral norte pistas sobre a morte do médico
O diretor do Departamento Estadual de investigações Criminais (Deic), delegado Ranolfo Vieira Júnior, esteve nesta terça-feira no litoral norte para buscar pistas sobre o homicídio do oftalmologista Marco Antonio Becker, 60 anos. Um dos locais seria a região de Tramandaí, onde líderes da jogatina do Vale do Sinos ramificaram negócios.
O bicheiro de Novo Hamburgo apontado como confidente do médico hamburguense reiterou no final da tarde, em novo contato com a reportagem do Jornal NH, que não quer falar a respeito do fato. “Não me envolvam nisso.” A Polícia, que esteve à procura do homem na segunda-feira, evita até comentar a existência desta testemunha.
A natureza do trabalho no litoral é mantida em sigilo, assim como um vasto conjunto de informações levantadas pelo Deic desde a noite de quinta-feira, quando o vice-presidente do Cremers foi assassinado com quatro tiros, dentro de seu Gol ano 89, na capital. A força-tarefa de três delegados e 20 agentes está apurando todas as possibilidades para só descartar as que forem completamente esgotadas. A hipótese de execução por causa de dívidas contraídas com jogos ilícitos, que está entre as principais linhas de investigação, é que teria levado Ranolfo ontem à praia.
Em Tramandaí, na noite de 6 de fevereiro de 2004, o empresário hamburguense Avilmar Isotton, 59, foi executado à beira-mar após sair de um bingo. O crime permanece insolúvel.