Chuvas torrenciais intensificam cheias no Rio Grande do Sul
A chuva retornou com força ao Rio Grande do Sul, elevando os riscos de cheias e inundações em diversas áreas do estado.
Os acumulados já ultrapassam os 100 mm em municípios dos vales e da Serra, com previsão de chuva volumosa ainda no Centro, Grande Porto Alegre e Litoral Norte.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, os acumulados entre ontem e hoje até às 18h somavam 148 mm em Cambará do Sul, 104 mm em Teutônia, 97 mm em Serafina Corrêa, 90 mm em Canela, 73 mm em Rio Pardo, 66 mm em Santa Maria, 65 mm em Porto Alegre, 55 mm em São Vicente do Sul e Campo Bom, 52 mm em Soledade e 50 mm em Tramandaí.
Com os altos acumulados e a expectativa de mais chuva neste domingo, o cenário é preocupante. As áreas mais afetadas estão ao longo das bacias e nas nascentes dos principais rios, que já estão sob cheia ou enfrentaram enchentes históricas nos últimos dias.
A Serra e os Aparados da Serra, nas nascentes dos rios Taquari e Caí, estão entre as regiões mais críticas. Com acumulados de 100 mm a 150 mm até agora, espera-se novas enchentes no Vale do Taquari e do Caí. O Rio Taquari já subiu para perto de 20 metros no fim da tarde.
A bacia do Sinos também preocupa. A chuva intensa nas nascentes do Litoral e os grandes volumes de chuva na Serra que alimentam o Paranhana, que deságua no Sinos, tornam um repique de cheia do Rio dos Sinos inevitável nos próximos dias. O Gravataí também deve sofrer com o repique de enchente.
O Jacuí, que ainda está muito alto, receberá mais água com volumes médios a altos de chuva, elevando o risco de aumento dos níveis e repique de cheias.
Todos esses rios desembocam no Guaíba, que por ora ainda está baixo em Porto Alegre, mas deverá subir nos próximos dias, prolongando a enchente na capital e, mais tarde, a crise das enchentes na Lagoa dos Patos, no Sul gaúcho.
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