Remoção de construções irregulares em Cidreira gera polêmica
O clima de polêmica está no ar em Cidreira. Isto porque os moradores e veranistas protestam contra a determinação judicial do processo n° 2003.71.00.047132-4 que prevê a remoção das construções irregulares sobre as dunas, consideradas áreas de preservação permanente, no eixo entre a Costa do Sol e Zona A, no município.
Segundo o presidente da Associação Comunitária de Moradores e Veranistas da beira-mar de Cidreira, Aristoclides Vieira dos Santos, a comunidade, que conta com 370 famílias, foi pega de surpresa com a decisão judicial. “Não estamos de acordo com esta decisão, independente se é morador ou veranista, estamos há mais de 25 anos no local.
Não é justo vir aqui e demolir a propriedade de quem trabalhou uma vida toda para construir”, apontou. Os proprietários terão o prazo de 45 dias para a retirada dos pertences.
A demolição está marcada para 15 de março. A prefeitura de Cidreira estuda medidas e busca recursos para iniciar as desocupações. O gerente regional do Litoral Norte da Fepam, Mattus Allem Roxo, explica que a fundação, juntamente com o o Ministério Público do RS, está concluindo um levantamento das praias do Litoral Norte para identificar quantas residências terão de ser retiradas para que seja iniciado o processo de revitalização da orla. “Nosso principal foco antes de tudo é zelar pela vidas das pessoas e se tiver área de risco vamos retirar estes moradores.”