Material recolhido não pertence ao avião da Air France
Segundo o brigadeiro, a peça de 2,5 metros quadrados – um pallet usado para acomodar cargas – retirada do mar esta manhã e que, inicialmente, acreditava-se que serviria para acomodação de cargas em aviões, era de madeira. “Neste vôo [Airbus A-330] não havia nenhum pallet de madeira”, informou.
Cardoso também afirmou que a grande mancha de óleo avistada não pertencia ao Airbus. “O óleo não pertence ao avião, pois não havia óleo [no avião] em quantidade suficiente para originar aquela mancha”, disse.
O brigadeiro informou, no entanto, que outra mancha com as características de querosene de avião foi localizada, e na quantidade que, provavelmente, corresponderia à que o Airbus carregava.
O Comando da Aeronáutica convidou os parentes das vítimas a visitarem o Cindacta 3 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Recife, para conhecer os detalhes do trabalho de buscas. “Isso serviria também para que eles tomassem conhecimento das dificuldades do nosso trabalho. Todos querem respostas que não podemos dar devido às dificuldades inerentes a uma busca no mar”, disse. Mas o sobrevoo na área de buscas foi descartado por causa das condições de tempo desfavoráveis.
Sem localizar nada além do pallet e das duas boias, a Marinha prosseguirá buscando os destroços do Airbus A-330 da Air France e os corpos das pessoas que estavam a bordo do voo 447.
“Os navios prosseguem com as buscas durante a noite. O navio está sempre navegando e se por acaso alguém identificar algo no mar, ele pode avisar e será recolhido”, disse o comandante do 3º Distrito Naval, almirante Edison Lawrence Mariath Dantas.
A Aeronáutica também divulgou as novas imagens de objetos avistados no mar, como boias e manchas de óleo. De acordo com o centro de comunicação, as missões de buscas completaram hoje o rastreamento de 185.349 quilômetros quadrados, que equivale à soma das áreas dos estados do Acre e de Alagoas.