Vida & Saúde

Prefeitura de Torres recolhe 2.642 embalagens de agrotóxicos

A Prefeitura de Torres fez a coleta de 2.642 embalagens de agrotóxicos durante a Semana do Meio Ambiente. Este ano, 45 agricultores participaram dessa campanha de destinação final correta das embalagens vazias dos agrotóxicos realizada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca com o apoio do escritório da Emater/RS em Torres.

A ação tem por principal motivo “limpar” a propriedade, evitando o risco para a saúde das pessoas e prejuízos ao meio ambiente.

Este é o terceiro ano que a Prefeitura realiza esse serviço, sendo que em 2007 participaram 11 agricultores e a coleta foi de 529 embalagens. Em 2008 subiu para 28 agricultores e o recolhimento foi de 2.022 embalagens. Segundo a Secretaria, a maioria dos produtores já devolve as embalagens ao revendedor, como determina a lei.

Entre eles estão os arrozeiros e os produtores de fumo, que têm um sistema de recolhimento funcionando. “Nosso sistema é alternativo e visa o pequeno produtor que compra em pequena quantidade e não tem a assistência do vendedor”, explica o secretário da Agropecuária e da Pesca, Jair Cardoso.

Todos os agricultores que entregaram suas embalagens receberam um documento oficial que comprova a sua situação regular perante a legislação dos agrotóxicos que exige a destinação correta das embalagens vazias. As embalagens coletadas pela Prefeitura são destinadas a uma Central de Recebimento em Araranguá, que é uma unidade do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev).

Essa Central faz a destinação correta das embalagens, que pode ser a reciclagem ou incineração. A Prefeitura realiza a coleta uma vez por ano, sempre na Semana do Meio Ambiente.

Saiba mais

Segundo o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), em 2008, a taxa de retorno no Brasil chegou a 95%, bem superior à de outros países que têm programas semelhantes. Conforme dados do Ministério da Agricultura, o Canadá, o Japão e os Estados Unidos têm taxa de retorno entre 20% e 30% das embalagens de agrotóxicos.

O diferencial brasileiro é o sistema de fiscalização, com revendedor e comprador identificados; devolução das embalagens monitorada; e punições previstas.

O Instituto informa que cerca de 95% das embalagens recolhidas no Brasil são recicladas e as restantes, incineradas. O ganho ambiental gerado pelo volume reciclado em seis anos do programa equivale ao plantio de 491 mil árvores, ou 98 mil toneladas de gás carbônico – o principal gás do efeito estufa – a menos na atmosfera.

O sistema gera mais de 2,5 mil empregos diretos e indiretos.

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