Tarso Genro, conselhão e CPERGS (zh de 26.01.2011)
Dentro desta premissa, parece certo, também, que tenha convidado o CEPRGS, a participar do órgão. Sua presidente, no entanto, recusou o convite alegando que “ Como pode um sindicato de classe participar do assessoramento de seu patrão ?”.
O convite e a recusa me reportaram para o longínquo ano de 1978, quanto no curso de Direito da Puc, tive a honra de receber lições de Sociologia do Direito, do grande LUIZ JOSÉ FIN, que um dia nos disse que era preciso mudar os conceitos de convivência entre patrão e empregado, para acabar com as relações tumultuadas entre os dois.
No desenvolver de seus ensinamentos nos levou a compreender que patrão e empregado são forças complementares e interdependentes de um sistema, de um país e do mundo.
E que quando cada um (patrão e empregado) compreendesse esta verdade a equação da discórdia estaria resolvida, pelo comprometimento e pelo respeito que passaria a vigir entre as partes. (Grande professor, amigo e irmão Luiz José Fin. Quanta Saudade e quanta falta nos faz o teu ensinamento!!!).
Dentro desta premissa o Estado e a classe de Professores, representada pelo CPERGS, são no Rio Grande do Sul, as partes interdependentes e complementares do nosso processo educacional. Nada mais certo, então, que em nome de novos tempos na formação de nossos jovens, futuros gestores do Estado e da Pátria, estivessem unidos sob o mesmo ideal e em sintonia.
A participação do CPERGS, no Conselho do Governador, é a oportunidade de expor e legitimar teses em nome de uma educação libertadora que haverá de construir um novo tempo. É a oportunidade de mostrar para o governo e para a sociedade a importância da Classe dos Educadores e sua conseqüente valorização e reconhecimento institucional, inclusive no aspecto de remuneração pelo trabalho prestado.
O convite do Governador remete para os conceitos do Professor Luiz José Fin e para as novas relações saneadores, por ele ensinadas.
A Recusa em participar, por parte da presidente do CPERGS, remete para o individualismo das instituições, para a mediocridade e empobrecimento das relações, para o antagonismo profissional, para o egoísmo, para a falta de diálogo e de contraditório, para o estreitamento das visões, para as posições dogmáticas irrersíveis, para o maniqueísmo e para as posições adotadas com pobreza de inteligência e com egocentrismo que se traduzem por ações individualistas em detrimento, do bem coletivo e comum.