Horário de verão começa neste domingo
A economia prevista para o Rio Grande do Sul é de 180 MW na ponta do sistema, associado a uma redução de consumo de 17 MW médios. Segundo a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), isso equivale ao consumo anual do município de Capão da Canoa, que tem uma população de 37,5 mil habitantes.
Se for considerada a área de atuação da CEEE Distribuição, de 72 municípios, a economia estimada é de cerca de 65 MW aliado a uma redução de consumo de 7 MW médios, ou o equivalente a dois meses de consumo de energia em Bagé, município de 112 mil habitantes.
Pelos dados do Operador nacional do Sistema (ONS), a previsão de redução da demanda nesta edição é 4,4% nas regiões Sudeste e Centro-Oeste (1.780 MW) ou o suficiente para abastecer uma cidade com 5 milhões de habitantes. No Sul, a previsão é de 4,5% de redução na demanda, o que representa 490 MW, ou o que é utilizado no horário de ponta por uma cidade com 1,5 milhão de pessoas. Já a redução total da energia consumida será de 0,5%, cerca de 450 GWh no Sudeste e Centro-Oeste e 130 GWh no Sul.
Desde 2008, o Decreto 6.558 estabeleceu datas fixas para o início e o término do horário de verão no país. De acordo com o decreto, em todos os anos, a mudança no horário ocorrerá no terceiro domingo de outubro e terminará no terceiro domingo de fevereiro. Se a data coincidir com o domingo de Carnaval, o final do horário de verão é transferido para o domingo seguinte.
Nos últimos 10 anos, o horário de verão no Brasil possibilitou uma redução média de 4,7% na demanda por energia no horário de maior consumo, o horário de “pico”, que ocorre entre 18h e 21h. Isso significa que as usinas deixaram de gerar cerca de 2.000 MW (megawatts) a cada ano – 65% da demanda do Rio de Janeiro ou ainda 85% da demanda de Curitiba.O horário de verão é adotado nesta época do ano em razão do aumento na demanda, resultado do calor e do crescimento da produção industrial às vésperas do Natal. Nesse período, os dias têm maior duração por causa da posição da terra em relação ao sol, e a luminosidade natural pode ser melhor aproveitada, proporcionando um desencontro dos segmentos de consumo.
A medida foi adotada pela primeira vez no Brasil em 1931, por cinco meses. Até 1967, a mudança no horário ocorreu onze vezes. Desde 1985, no entanto, a ação é implementada sem interrupções, com diferenças apenas nos Estados em que a mudança ocorre, e no período de duração.