A Casa Espírita 6 / 10 – Mediunidade – Estudo e Reuniões Mediúnicas
“Para conhecer as coisas do mundo visível e descobrir os segredos da Natureza material, outorgou Deus ao homem a vista corpórea, os sentidos e instrumentos especiais. (…) Para penetrar no mundo invisível, deu-lhe a mediunidade.”
Allan Kardec (O Evangelho
Segundo o Espiritismo – Cap. 28 item 9)
“A mediunidade é aquela luz que seria derramada sobre toda carne e prometida pelo Divino Mestre aos tempos do Consolador, atualmente em curso na Terra.”
F. C Xavier – Emmanuel (O Consolador, questão 382)
A mediunidade é o nome atribuído a uma capacidade humana que permite uma comunicação entre homens e Espíritos. Ela se manifesta independente de práticas filosóficas ou religiosas, de forma mais ou menos intensa em todos os indivíduos. Porém, usualmente apenas aqueles que apresentam num grau mais perceptível são chamados médiuns.
“A mediunidade é sempre uma percepção moralmente neutra, sendo os efeitos do seu exercício compatíveis com os valores éticos e morais daqueles que a detém.
A mediunidade não é sinal de santificação, nem apresenta características divinatórias. Constitui, apenas, um meio de entrar em contato com as almas que viveram na terra, sendo os médiuns, por isso mesmo, mais responsáveis que as demais pessoas, por possuírem a prova da sobrevivência que chega a todos por seu intermédio.” (Pág. 9 do Livro Médiuns e Mediunidade, do Espírito Vianna de Carvalho, por Divaldo Pereira Franco).
A reunião mediúnica é uma atividade privativa, na qual se realiza o serviço de assistência aos Espíritos necessitados, integrada por trabalhadores que possuam conhecimento e formação espírita compatível com a seriedade da tarefa.
A prática das reuniões mediúnicas visa manter intercâmbio com Espíritos desencarnados, participando do trabalho de auxílio aos que necessitam de amparo e de assistência espiritual, em perfeita harmonia com os princípios da Doutrina Espírita e do Evangelho de Jesus, assim como refletir a respeito das orientações e esclarecimentos transmitidos pelos benfeitores da Vida Maior.
Ainda nesse mote, visa cooperar com os Benfeitores Espirituais no trabalho de fortalecimento do Centro Espírita e na assistência espiritual aos seus trabalhadores, exercitando a humildade, a fraternidade e a solidariedade no trato com encarnados e desencarnados em sofrimento, empenhando-se no esforço de transformação moral, dos assistentes e dos assistidos.
A reunião mediúnica exige equipe dedicada, disciplinada e harmônica, que tenha compromisso permanente com o trabalho, sentimento de fraternidade, gentileza e sincero propósito de ajudar, mantendo a discrição necessária e respeito ao sofrimento alheio.
Deve ser tarefa anônima, voluntária e gratuita, cuja paga é a consciência do dever cumprido, cujo encargo não se apresenta de surpresa, mas sim fruto de reflexão ou necessidade adquirida anteriormente à vida atual.
O exercício da mediunidade, sob a égide da Doutrina Espírita, requer não somente amor e boa vontade, mas conhecimento do código kardequiano, busca constante da autodisciplina e vigilância em atos e pensamentos na vida diária.
O trabalhador da seara espírita, nas tarefas mediúnicas, deve passar obrigatoriamente pelo Estudo e Educação da Mediunidade, que o dotará de instrumentos valiosos para bem servir, além da participação em grupos de estudo ou atividades que mantenham o conhecimento e o entendimento da Doutrina Espírita vivos na base de todas as atividades.