Presidente da Rússia afirma que chance de acordo com Irã é de 30%
A exemplo do Brasil, o governo russo busca o diálogo como alternativa para evitar sanções ao Irã impostas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Membro permanente do órgão, a Rússia tem direito a veto – ao lado dos Estados Unidos, da França, China e Inglaterra.
Para Medvedev, a visita de Lula ao Irã pode ser a última tentativa de um acordo antes que a comunidade internacional aplique sanções ao país. “A minha missão é menos complicada do que a do presidente Lula. Eu fico em Moscou, ele vai a Teerã [capital do Irã]. Não vai ser uma viagem muito simples”, avaliou.
De acordo com o líder russo, para que o acordo dê certo, o uso da energia nuclear feito pelo Irã deve ser pacífico e controlável pela Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). O país deve ainda coordenar seus esforços junto com a agência, acrescentou Medvedev.
Durante a entrevista coletiva no Kremlin, sede do governo russo, Lula afirmou que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, tem um “lado interessante”, por meio do qual se pode construir o acordo nuclear. Ele disse também que vai a Teerã com a convicção de há condições de o acordo ser firmado, mas que, se isso não for possível, volta para casa satisfeito por não ter sido omisso.
O presidente brasileiro segue ainda hoje para uma rápida visita ao Catar. Amanhã (15), Lula se reúne com Ahmadinejad.
*A repórter acompanha a agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Rússia.
Edição: Juliana Andrade e Graça Adjuto//Matéria alterada para correção de informação.