Que “rei” sou eu?
Qual seria o grau de instrução exigido para ser garçom do Congresso Nacional? Basta seu QI (Quem Indicou) ser poderoso nos corredores e gabinetes brasilienses. E, no entanto, esse garçom, ao final de cada mês tem um contracheque de R$15 mil!!!
Com o sonho (que em prazo não tão distante se tornará um infindável pesadelo) de ser o Brasil a Sede da Copa das Confederações e do Mundo de 2014, as “arenas” proliferaram-se e se tornaram inacessíveis às classes “C” e “D” (os beneficiários das bolsa-família-fome-zero-bolsa-presidiário-minha-casa-minha-vida-bolsa-estupro). Com os ingressos custando em média, em torno de R$ 200,00 aquelas classes (“C” e “D”), cujo divertimento e lazer nos finais de semana era vestir a camisa de seu clube e, de radinho em punho, instalar-se nas arquibancadas dos estádios, resumiu-se a beber uma ou duas cervejinhas e engolir um pastel de vento no boteco mais próximo, desde que o botequim conte com TV por assinatura.
Assim, não venham me dizer que o público de 67 mil pessoas que compareceu ao Mané Garrincha, em Brasília, para o jogo de abertura da Copa das Confederações contava com os brasileirinhos, os trabalhadores que, honesta e diligentemente, percebem um, dois salários mínimos mensai.
Não! Definitivamente, não era este o público! Era, sim, a parcela dos economicamente aquinhoados, mas, sem por isso, perderem a condição de cabeças realmente pensantes do Brasil. Efetivamente fora esta a plateia – ao menos 50 mil – que vaiou incessantemente a Presidente, a ponto de, em visível constrangimento e irritação, sequer proferir o seu discurso.
Vaiou-se não a pessoa de Dilma Rousseff, e sim Lula da Silva, a banda podre que “deflorou” o único Partido brasileiro ainda “virgem” e os aliados vendilhões do Parlamento. A presidente recebeu, através do apupo, a outorga de portadora do recado contundente de oposição a Da Silva e suas futuras pretensões.
Calculei que 50 mil vaiaram a Presidente. Os 17 mil restantes seriam, quem sabe, os garçons do Congresso Nacional. Afinal, para carregar uma bandejinha de prata, eles não precisam ler os noticiários, mas percebem, mensalmente, o “ínfimo” salário de R$15.000,00!