Expectativa de vida no Brasil é menor que a de países vizinhos
De acordo com o gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE, Juarez de Castro Oliveira, o ganho de 10 anos, 7 meses e seis dias entre os anos de 1980 e 2009, conforme o estudo Tábua da Mortalidade, já era esperado. Isso se deve, acrescentou, ao avanço do Brasil em saneamento, “embora não tanto quanto deveria”, em escolaridade maior e na disseminação do sistema de saúde. Segundo ele, no entanto, as diferenças regionais impedem o país de apresentar um melhor resultado.
“Internamente, observam-se grandes variabilidades”, afirmou Oliveira. “O Brasil é muito desigual ainda. Temos estados com taxas próximas a países do Continente Europeu e outros com taxas próximas a países africanos. Ainda não conseguimos ter um indicador que reflita uma média nacional exemplar, ou seja, com pouca variabilidade.”
De acordo com o IBGE, entre as unidades da Federação, o Distrito Federal tem a maior esperança de vida: 75,79 anos.
Já a taxa mais baixa foi registrada em Alagoas: 67,59 anos. O instituto estima que em 2050 a esperança de vida do brasileiro seja de 81,3 anos e, em 2100, de 84,3 anos.