Estados Unidos negam envio de tropas para o Egito
Gates elogiou ainda o desempenho do Exército egípcio que, segundo ele, não usou força nem violência contra os manifestantes. O ministro disse também que a atuação dos militares egípcios tem influência da formação norte-americana sobre como agir em relação a momentos de tensão.
Por 18 dias, os egípcios foram às ruas das principais cidades do país em manifestações de protesto contra o governo do então presidente, Hosni Mubarak, que ocupou o poder por quase 30 anos. Sob pressão e cobrança popular, Mubarak renunciou na última sexta-feira (11). Desde então, uma junta militar, chefiada pelo marechal Mohamed Tantawi, promete organizar o país para realizar eleições em setembro.
Os manifestantes, no entanto, insistem em manter os protestos, desta vez para reivindicar melhor qualidade de vida a partir do aumento de salário para várias categorias – de policiais a operários de fábricas. Há paralisações generalizadas no Egito.
A onda de protestos nos países muçulmanos começou na Tunísia e levou à saída do então presidente Zeni al-Abidine Bem Ali. Agora, estende-se por outros países do Norte da África e do Oriente Médio. Ontem o dia foi tenso no Irã, na Líbia e no Bahrein em decorrência das manifestações em protesto aos governos.