Homens receberam 77% das indenizações pagas por acidentes
“Por um lado, as mulheres são mais cautelosas e atentas. Muitas vezes estão com os filhos no carro e dirigem com mais segurança. Isso é mérito delas. Mas há uma diferença: os homens se expõem mais ao risco trabalhando no trânsito. São a maioria dos taxistas, motoristas de caminhão e motociclistas, e as motocicletas têm contribuído muito para o aumento das indenizações.”
Na maior parte dos acidentes em que o DPVAT foi pago a mulheres, elas não estavam no volante. Em 66% dos casos de morte ou invalidez permanente, a segurada era passageira ou pedestre, e, em 34%, era motorista.
Uma diferença entre o perfil das acidentadas em relação ao dos homens é a faixa etária em que mais ocorrem acidentes com mortes: enquanto a dos homens é dos 25 aos 34 anos, a das mulheres é dos 45 aos 64 anos.
“Os homens se envolvem em acidentes mais graves, com maior letalidade. As mulheres sofrem mais com a invalidez permanente”, diz Norton, que estima ainda que, na maioria das vezes em que as mulheres foram indenizadas como passageiras ou pedestres, o motorista era um homem.
As mulheres da Região Sul receberam 29% das indenizações por invalidez permanente do país, mesmo correspondendo a apenas 14% da população. As mulheres do Sudeste, que são 42% das brasileiras, ficaram em terceiro lugar, com 24%, atrás das nordestinas, que são 28% da população e somaram 28% dos casos de indenização.