Prorrogada campanha de vacinação no RS até 10 de maio
O Rio Grande do Sul é o Estado com maior adesão no país, com cobertura de 74,1%. Ao todo, já foram imunizadas contra os três tipos mais comuns de gripe (dois tipos de Influenza A, H1N1 e H3N2, e a Influenza B) mais de dois milhões de pessoas no RS. Os municípios que alcançaram a cobertura de 80% seguirão aplicando as doses até o final dos estoques. Não haverá mudança nos critérios de seleção dos grupos de risco que devem tomar a vacina.
As pessoas com enfermidades com indicação para receber a vacina são os portadores de doenças crônicas respiratória, renal e cardíaca, obesidade mórbida e diabete mellitus. Estas pessoas devem levar uma prescrição médica ao posto de vacinação para comprovar a sua indicação à imunização.
A vacina protege contra três tipos de vírus influenza: influenza A H1N1, influenza A H3N2 e influenza B, pelo período de um ano. A escolha das cepas considera os vírus com maior circulação nos últimos meses.
Doses aplicadas por grupos*:
Crianças maiores de 6 meses e menores de 2 anos – 144.165 (69,74%)
Trabalhadores da saúde – 196.535 (81,35%)
Gestantes – 62.635 (60,61%)
Puérperas (mulheres até 45 dias após o parto) – 16.513 (97,30%)
Indígenas – 16.873 (80,60%)
Idosos – 1.087.920 (74,11%)
Pessoas privadas de liberdade – 13.535
Pessoas com doenças crônicas – 501.548
Total de Doses Aplicadas: 2.033.122
* Quantitativos registrados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) às 15h30
Prevenção
A chamada etiqueta da gripe é uma medida simples, porém importante para evitar a disseminação na doença. Entre os cuidados que se destacam está a proteção da boca e nariz ao tossir e espirrar, cobrindo-a preferencialmente com a dobra do cotovelo, evitando o uso das mãos. O vírus ao ser expelido pode depositar-se em alguma superfície onde ainda sobrevive por um período de tempo.
Caso uma pessoa venha a ter contato com essa área e depois toque olhos ou a boca pode vir a contaminar-se. Também ressalta-se a importância em lavar as mãos com frequência, com água e sabão ou utilizando álcool em gel, assim como evitar locais com aglomeração de pessoas (escola, transporte público, centros comerciais, entre outros) se estiver com os sintomas.
Tratamento
A gripe tem cura. A afirmação busca quebrar o paradigma de que a doença é tratada apenas com descanso em casa. O tratamento tornou-se popular durante a pandemia de 2009, quando passou a ser ofertado o antiviral Oseltamivir, de nome comercial Tamiflu.
Devido ao fato de o medicamento possuir maior eficácia durante as primeiras 48 horas de sintomas, recomenda-se que a pessoa procure atendimento médico de imediato quando estiver com sintomas de febre, dor de garganta e dores nas articulações, musculares ou de cabeça. Juntamente a esse chamamento à população, é feito um reforço para que a comunidade médica esteja atenta a esses sintomas para a prescrição do antiviral.
O medicamento é distribuído gratuitamente nas farmácias municipais, hospitais, pronto socorros e outros locais. O Estado possui, no momento, cerca de 190 mil tratamentos (cada um composto de dez comprimidos), quantidade superior a distribuída em todo o ano passado. Caso necessário, pode ser solicitado complemento do estoque ao Governo Federal.
Campanha publicitária e cartilha educativa
Para mobilizar a população a procurar os postos, a SES lançou uma campanha publicitária protagonizada pelo escritor Luis Fernando Verissimo. “No ano passado, uma gripe quase me levou à morte. Foi aí que me dei conta de que a gripe é coisa séria e pode matar”, afirma o escritor nas peças de áudio e vídeo que foram veiculadas nas emissoras de rádio de TV de todo o Estado.
A SES desenvolveu também uma revista para ser trabalhada na rede pública de ensino, que aborda os três eixos do combate à gripe: a vacinação, a prevenção e o tratamento. Voltada para crianças entre 11 e 13 anos, a revista utiliza o recurso da história em quadrinhos para contar a história da “Família Cevs”, que se vê diretamente envolvida com os efeitos da gripe.