Polícia Civil faz busca, mas não encontra corpo de Amarildo
A delegada Elen Souto, da Divisão de Homicídios, responsável pela operação, disse que as buscas desta sexta-feira foram feitas com base em informações de moradores da favela de que o corpo possivelmente estaria perto de uma represa na região. “A Divisão de Homicídios retornou à localidade da Rocinha visando a complementar as buscas feitas anteriormente tanto pela 15ª Delegacia Policial como pela própria Divisão de Homicídios”, disse. De acordo com a delegada, foram vasculhadas as áreas das represas do Laborioux e da Dioneia, saindo do Parque Ecológico, onde fica a UPP.
Apesar de a operação não ter encontrado o corpo do ajudante de pedreiro, Elen Souto garantiu que o trabalho de busca vai continuar. “Não conseguimos encontrar nada. Mas eu gostaria de esclarecer que, enquanto houver informação sobre a possível localização dos restos mortais do Amarildo, a Divisão de Homicídio fará operações”.
De acordo com ela, ainda não há qualquer encaminhamento sobre a possibilidade de delação premiada, para o caso de algum policial militar indiciado no inquérito aceitar colaborar com as investigações. A delegada confirmou que houve pressão por parte do major Edson dos Santos, então comandante da UPP, para que os PMs envolvidos mantivessem a mesma versão da história. “Nosso trabalho de inteligência revelou que os advogados eram indicados pelo major Edson, com o objetivo de controlar o que os policiais falavam na Divisão de Homicídios. Isso está no trabalho de inteligência, plenamente provado”, disse.
O coronel José Albucacys, do Grupamento de Busca e Salvamento da Barra da Tijuca, que também participou da operação de busca, informou que uma das represas foi esvaziada para facilitar o trabalho. A outra represa era pequena, mas foi necessário usar os mergulhadores. “Nosso mergulhador fez a varredura em toda a represa, constatou que tinha 0,5 metro de lodo, a gente levantou o lodo e não encontrou nada”. O coronel disse ainda que dois cães também foram usados nas buscas.