Projeção para a inflação alcança 6,5%, o teto da meta
Apesar de a projeção para este ano ter ficado no limite, a estimativa está acima do centro da meta de inflação (4,5%). É função do Banco Central fazer com que a inflação, medida pelo IPCA, fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic.
Quando o Comitê de Política Monetária do Banco Central aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
A projeção das instituições financeiras para a Selic foi mantida em 11,25% ao ano, ao final de 2014, e em 12% ao ano, no fim de 2015.
A pesquisa semanal do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação medida Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 7,35% para 7,34%, em 2014, e continua em 5,50%, em 2015. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa foi mantida em 7,20%, este ano, e em 5,50%, em 2015. A estimativa da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi ajustada de 6,19% para 6,20%, este ano, e permanece em 5%, em 2015.
A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 1,63% para 1,65%, este ano, e segue em 2%, em 2015.
A projeção para a cotação do dólar foi mantida em R$ 2,45, este ano, e ajustada de R$ 2,51 para R$ 2,50.