Iraque fornecerá armas a cidadãos para combater rebeldes
Em uma declaração na televisão oficial iraquiana, Maliki disse que o Executivo “criou um gabinete especial de crise para acompanhar o processo de voluntários, de equipamento e de armamento”.
O premiê pediu também ao parlamento que seja decretado estado de emergência no país devido aos avanços do grupo jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) em regiões do país. Em uma declaração à nação, o primeiro-ministro afirmou que “a gravidade da situação requer a adoção de medidas necessárias e urgentes”.
O chefe do governo admitiu que o grupo jihadista “se apropriou de instalações vitais”, especialmente na província de Ninive e na sua capital, Mossul, no Norte do Iraque.
“Mobilizaremos todos os nossos recursos financeiros, políticos e populares para recuperar as zonas que os terroristas controlaram”, disse Maliki, instando as tribos do país a pegar em armas para lutar contra o EIIL.
O primeiro-ministro apelou também à comunidade internacional, especialmente às Nações Unidas (ONU), à Liga Árabe e à União Europeia a assumirem as suas responsabilidades, recordando que “todo o mundo sofrerá se o terrorismo se estender”.
Na última semana, o EIIL atacou as forças iraquianas e a população civil em várias partes do país. Nesta terça-feira, centenas de rebeldes assumiram o controle da província de Ninive, no Norte, em um golpe inédito, que reflete a incapacidade do atual governo em travar as investidas dos rebeldes e de evitar que o caos se instale no Iraque.
O presidente do Parlamento, Ossama Al Nojaïfi, confirmou em coletiva de imprensa, a tomada dessa província petrolífera e alertou que os rebeldes se dirigem à província vizinha de Salaheddine, mais ao Sul, a invadir. O primeiro-ministro e chefe do exército Nouri Al Maliki, é o xiita, que os rebeldes sunitas acusam de ser um “ditador”.