Censura na internet está crescendo, alerta estudo
Essa é a conclusão de estudo da OpenNet Initiative (ONI), lançada por quatro universidades – Cambridge, Harvard, Oxford e Toronto – que pesquisou milhares de sites de 120 provedores e descobriu que 25, de 41 países, têm evidências de uso de filtros de conteúdo para bloquear acesso a web.
China, Irã e Arábia Saudita estão no topo dos países censores. Os filtros alcançam uma ampla variedade de sites de pornografia, política, direitos humanos e religião.
Os filtros também estão crescendo em áreas industrializadas, como a Europa, de acordo com o co-autor do estudo e diretor executivo do Berkman Center for Internet and Society de Harvard, John Palfrey. “Por enquanto, há uma crescente pressão para filtrar pornografia infantil na Grã-Bretanha”, declarou.
Bons ou ruins, os filtros da internet são uma “questão aberta”, de acordo com Palfrey. “Algumas pessoas diriam que alguns tipos de informação deveriam ser banidas”. Mesmo a primeira emenda da Constituição dos Estados Unidos, que defende a liberdade de expressão, “possui restrições”.
Palfrey apontou o crescimento do número de sites específicos na internet e os serviços sendo bloqueados por governos. Alguns deles são o serviço Voip Skype, o site de vídeos YouTube e os mapas de busca e aplicações de imagens via satélite do Google Earth.
Os governos estão mirando em “aplicações que permitem que as pessoas façam coisas que possam ser consideradas subversivas. “Existe um trajeto muito claro, em que os filtros estão aumentando, inclusive na eficiência”, declarou .