Autoridades calculam em 250 os mortos em acidente
As autoridades temem que chegue a 250 o número de mortes causadas pelo acidente desta terça-feira no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Elas consideram quase impossível que haja sobreviventes. Além dos ocupantes do avião, podem ter morrido várias pessoas que trabalham no edifício e nas imediações.
– Pelas condições do acidente, as possibilidades de haver sobreviventes são quase nulas – disse o porta-voz das equipes de resgate, Douglas Ferrari. Ele avaliou que a tarefa de resgate e identificação das vítimas vai levar pelo menos cinco dias.
Os órgãos de socorro “trabalharão até ter certeza de que não há sobreviventes, mas dificilmente haverá algum”, disse, por sua vez, o capitão do corpo de bombeiros Mauro Rocha Lopes. Ele explicou que três pessoas resgatadas vivas morreram em hospitais.
A Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo informou que ainda há alguns focos de incêndio no local do acidente. Enquanto se intensificam os trabalhos de resgate, a Defesa Civil mandou desocupar temporariamente 27 imóveis nos arredores do local do acidente. Seus moradores foram levados a hotéis, pagos pela TAM.
O coordenador de Defesa Civil do município de São Paulo, coronel Jair Paca de Lima, disse que as casas deverão ficar fechadas por 48 horas para proteger seus moradores da fumaça e do risco de desabamento.
Por volta das 2h, as equipes de resgate tinham retirado 52 corpos “totalmente carbonizados” do local do acidente, ocorrido quando um avião Airbus 320 da TAM, com 176 pessoas a bordo, tentava aterrissar. O avião, que vinha de Porto Alegre, saiu da pista, cruzou a movimentada Avenida Washington Luís e caiu sobre um armazém situado junto a um posto de gasolina.
Após o choque brutal, houve duas explosões e aconteceu um incêndio. Segundo fontes oficiais, as temperaturas chegaram a mais de 700ºC, derrubando parcialmente o edifício.