Vereador de SAP pede que transporte escolar no Montenegro continue sendo feito pela Prefeitura
Durante a 36ª Reunião Ordinária da Câmara de Vereadores de Santo Antônio da Patrulha (SAP), realizada nesta segunda (05/10), o Vereador Josemar Bandeira (PDT) apresentou Pedido de Informações. No documento, ele solicita explicações a respeito da substituição do transporte escolar fornecido pela Prefeitura para os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental José de Anchieta, situada na localidade de Montenegro, por passagens escolares para ônibus da empresa Sudeste. O documento ainda reitera preocupações manifestadas no ano de 2014, quando também foi cogitada esta mesma troca. O Vereador André Randazzo dos Reis (PMDB) assinou o pedido junto de Josemar.
O Vereador relata que ele e o Vereador Paulo Telles, o Gonha (PTB), foram muito procurados para explicar essa situação. “Em 2014, conseguimos convencer a Administração a não mexer naquele excelente trabalho realizado pela Secretaria de Educação. Mas nesta semana, fui procurado por muitas pessoas que me disseram que a partir desta segunda, os alunos teriam que embarcar nos ônibus da Sudeste. A preocupação deles é que as crianças deixariam de ter um transporte especial para elas, para utilizar ônibus comuns, com outros passageiros. Para resolver isso, eu e o Vereador Gonha pedimos a secretária Josélia que aguardasse e que fosse marcada uma reunião, para que pudessem ser dados todos os devidos esclarecimentos para a comunidade, o que foi prontamente atendido por ela”, relatou.
Discutindo a questão
Na reunião, que havia acontecido na tarde daquele mesmo dia, a questão foi discutida com representantes da Escola José de Anchieta e dos pais dos alunos. Participaram a Secretária Municipal de Educação, Josélia Fraga e a Diretora da Secretaria, Nelci Willborn, além de um representante da empresa Sudeste. Também participaram os Vereadores André Selistre (PSB), João Luis Bacana (SD), Jorge Eloy de Oliveira (PTB) e Marciana Machado (PMDB).
A Secretária explicou que as crianças vêm em primeiro lugar e que, portanto, o serviço não será prejudicado. De acordo com ela, também será uma grande redução de custos para a Prefeitura, algo que seria necessário nesses tempos de crise e que tem acontecido em todos os setores do Executivo.
Josélia ainda afirmou que o transporte de professores e funcionários, que antes também era realizado nos micro-ônibus da Prefeitura, não está em conformidade com a legislação, e que por isso não pode mais ser mantido. “Temos que dar corpo legal e fazer as coisas dentro do que a lei determina. Isso é o que nos respalda nesta mudança. Além disso, temos funcionários com carga horária de 40h que estão fazendo mais de 100h. Não posso mais assinar essas horas extras dos motoristas, pois estou sendo apontada e advertida pelo Tribunal de Contas e pela Câmara de Vereadores”, informou.
Ainda de acordo com ela, os alunos não terão que utilizar os ônibus comuns. A Sudeste disponibilizará dois novos ônibus, com motoristas qualificados para realizar esse tipo de transporte. Os ônibus também passam por todo um processo de vistorias e de procedimentos de segurança para que possam ser utilizados. Além disso, quando o transporte é escolar, a empresa procura manter sempre o mesmo motorista atendendo os mesmos lugares. Essa é uma questão importante, porque a rotatividade dos motoristas é uma das maiores preocupações dos pais, pois os condutores dos micro-ônibus da Prefeitura são sempre os mesmos e já conhecem as crianças.
Compromisso
Ao final da reunião, ficou o compromisso de Josélia com a comunidade do Montenegro de utilizar a melhor solução para todos. “Estou aqui, dando minha palavra, oficialmente, de que caso o transporte realizado pela Sudeste não funcione como queremos e aconteçam problemas, revertermos para como é feito hoje, com os micro-ônibus da Prefeitura”, ressaltou ela.
Mesmo com as colocações da Secretária de Educação, Josemar ainda não ficou convencido. Durante a Reunião Ordinária, ele manifestou suas preocupações. “Nas planilhas que nos foram apresentadas, não estão incluídas diversas situações especiais que atualmente são atendidas pela Prefeitura. Não estão previstos os custos relativos aos alunos que vão até a escola do Sertão, fazer oficinas. Não estão os alunos especiais, que vem até a sede com seus responsáveis.
Sem contar os professores e funcionários, muitos que ganham salário-mínimo, ter que passar a pagar 6% de transporte. Se a comunidade escolar do Montenegro achar que será bom e que podemos dar essa chance a Sudeste, tudo bem. Mas, caso não seja assim, serei contrário a essa mudança no transporte dos alunos”, concluiu o Vereador.
Gregório Reis