Águas-vivas invadem o litoral: queimaduras disparam entre banhistas
Queimaduras por águas-vivas no litoral gaúcho registraram um aumento alarmante de 229% no início desta temporada de verão em relação ao mesmo período do ano passado.
Dados do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) indicam que, entre os dias 21 e 29 de janeiro, ocorreram 4.863 casos, um salto significativo em comparação aos 1.475 registros no mesmo intervalo de 2023.
A água cristalina que atrai veranistas para o litoral do Rio Grande do Sul pode ser tão perigosa quanto convidativa.
Nas praias de Capão da Canoa, por exemplo, é comum avistar águas-vivas, algumas de grande porte, flutuando nas águas mais transparentes.
Alta de queimaduras e aumento no número de banhistas
Segundo o comandante da Operação Verão, major Daniel Moreno, a grande quantidade de queimaduras está diretamente ligada ao aumento de banhistas no mar:
“Com o mar mais agradável, mais pessoas entram na água, e isso eleva o número de lesões por contato com águas-vivas”, explica Moreno.
Os dados confirmam a relação: os dias de maior lotação nas praias, como o último fim de semana, concentraram o maior número de casos.
No sábado (28), foram 1.356 registros, enquanto no domingo (29), as queimaduras chegaram a 2.077, superando todos os casos dos primeiros dez dias da temporada anterior.
Condições climáticas e comportamento das águas-vivas
Embora a temperatura da água seja frequentemente apontada como responsável pelo aumento de águas-vivas, o major Moreno esclarece que esses animais estão presentes no mar em qualquer condição.
Em outubro, durante os treinamentos dos guarda-vidas, já era possível encontrá-los em grande quantidade.
Outros números preocupantes desta temporada
Além do aumento de queimaduras, houve crescimento nos resgates realizados no mar, passando de 93 no ano passado para 124 neste ano, um aumento de 33%.
A temporada também já registra uma morte por afogamento, ocorrida em Arroio do Sal.
Como agir em caso de queimadura por água-viva?
Se o banhista sentir ardência no corpo enquanto está no mar, é crucial procurar uma guarita de salva-vidas imediatamente. As guaritas possuem garrafas de vinagre disponíveis para neutralizar a toxina liberada pela água-viva e aliviar a dor.
Após aplicar o vinagre, é recomendado lavar a área com água do mar.
É importante evitar o uso de água doce diretamente na lesão, como em torneiras ou chuveiros, pois isso pode agravar o efeito da toxina. Em casos mais graves, a vítima deve buscar atendimento médico o quanto antes.
Cuidados para aproveitar o verão com segurança
Com o aumento de queimaduras por águas-vivas no litoral gaúcho, as autoridades reforçam a importância de respeitar as orientações dos guarda-vidas e de tomar medidas preventivas ao entrar no mar.
Apesar do mar cristalino e convidativo, é essencial estar atento à presença desses animais e agir rapidamente em caso de acidente.
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