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Aldeia Global

Nesta semana, como todos sabem, perdemos Steve Jobs.

O fundador da Apple morreu na quarta-feira, vítima de um câncer. No comando da Apple, Jobs fez a empresa se tornar uma das mais valiosas e criou produtos que, mais do que dar lucro à empresa, se tornaram símbolos de tecnologia e inovação.

Obviamente, a imprensa explorou bastante a história de Jobs e, entre tudo que li, deparei-me com a associação do nome de Jobs à Marshall McLuhan.
 
McLuhan (1911-1980) era um filosófo canadense. Teórico dos meios de comunicação, tinha como foco entender interferência dos meios de comunicação nas sensações humanas.

É de McLuahn a famosa idéia de Aldeia Global.

A idéia quer dizer simplesmente que o progresso tecnológico estava reduzindo todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia, ou seja, a possibilidade de se intercomunicar diretamente com qualquer pessoa que nela vive.

O princípio que preside a este conceito é o de um mundo interligado, com estreitas relações econômicas, políticas e sociais.
 
Ok, paremos por aqui, até mesmo porque, tanto McLuahn como Steve Jobs mereceriam bem mais do que o espaço destinado na coluna.
 
O mercado virou esta “Aldeia Global”, há muito tempo.

E nesta semana houve uma ação coordenada para, digamos, levar um pouco de otimismo aos comprados. Depois de a Grécia declarar que não cumpriria sua meta fiscal, na segunda-feira, o mercado sentiu o impacto e a semana iniciou com quedas generalizadas.
 
Então, entraram em cena as autoridades monetárias.

O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês), incumbido pelo grupo das 20 principais economias do mundo (G20) de coordenar as respostas regulatórias à crise financeira, apoiou um projeto para que os maiores bancos do mundo tenham um colchão de capital adicional de 2,5% de seus ativos, a fim de proteger os contribuintes de futuros resgates públicos a essas instituições.
 
Por aqui, a presidente Dilma Rousseff afirmou que medidas fiscais excessivamente restritivas não deverão resolver a crise da dívida da União Europeia e que o Brasil está tomando todas as providências “para diminuir o eventual impacto do aprofundamento da crise sobre a sua economia”.
 
E os EUA? Bem, segundo o chairman do Fed, Ben Bernanke, o Federal Reserve está preparado para adotar novas medidas de auxílio à frágil economia norte-americana.
 
Aparentemente, ajuda não falta para que não ocorra uma grave recessão mundial. Caso o cenário positivo se concretize, o investidor mais atento não vai querer ficar de fora desta “aldeia”, pois quando a “crise” tomar rumos “de que vai acabar”, quem entrou na bolsa antes, vai ficar bem mais feliz do que quando adquiriu seu primeiro produto inventado por Steve Jobs!

Yordanna Colombo
Área de Análise

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