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Após temporal, bairro Guarita ainda precisa de apoio em Torres

Os últimos dias tem sido de muito trabalho no bairro Guarita, o mais atingido pela chuva e vento na última quinta-feira, 13. Em quase todas as casas das ruas Santa Luzia, São Sebastião e Amorita telhados são recuperados por moradores e voluntários enquanto os entulhos são recolhidos pelo caminhão da prefeitura. Vários amontoados são encontrados pelas ruas como pedaços de cadeiras, camas, guarda-roupas, sofás e muito mais. Se o tempo ajudar, não chovendo, os moradores começarão a pensar em normalidade somente na semana que vem. De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Adalberto Chagas da Silva, a prioridade da prefeitura é atender os que estão sem telhado.

Juliana da Silva Raupp, moradora da rua Amorita 245, já está com toda a casa de telha nova. Ela recebeu 42 telhas da Prefeitura que foram colocadas no domingo. Disse que estava muito preocupada porque na casa moram quatro crianças. Alguns telhados foram reparados nesta segunda-feira, por trabalho voluntário de empresa construtora de Torres que cedeu seis funcionários para a função. O telhado da Igreja São Francisco também já está sendo recuperado. Receberam 150 telhas da prefeitura. A maior solicitação dos moradores nesta segunda-feira era a solidariedade dos trabalhadores em construção civil.

O clima é de muita solidariedade, porém, ainda existe muito serviço para ser realizado. Enquanto o coordenador de Segurança Pública, Everton Luis Martins da Rosa, escutava os apelos de uma moradora sobre a colocação de telhas, também recebia a doação de fraldas infantis de veranistas do Centro da cidade que foram lá só para ajudar. Da mesma maneira, Giovanna Santos, da diretoria de Políticas para a Juventude, ouvia as demandas de uma moradora e já recebia doações de roupas de uma voluntária.

Com a casa completamente sem telhado, sem luz, e vestindo as poucas roupas que restaram, Maria Helena Assmann ainda não pode colocar suas telhas porque a estrutura superior da casa foi totalmente prejudicada. “O oitão precisa ser refeito, o vento foi tanto que as tesouras foram retorcidas. Ganhei 130 telhas mas não tenho como colocar. Vou esperar a ajuda da prefeita Nílvia”. Conforme o coordenador da Defesa Civil, 57 casas no bairro foram cadastradas, solicitando apoio da prefeitura, sendo quatro os casos mais graves, um deles é o de Maria Helena.

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