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Aquecimento extremo recorde na Antártida trará impactos no clima do Rio Grande do Sul

Nos últimos dias, as temperaturas superficiais em certas partes da Antártida aumentaram quase 30ºC acima do normal.

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Mesmo em um ambiente naturalmente congelante, os cientistas descrevem este fenômeno como uma “onda de calor” antártica, um evento raro e prolongado que ocorre pela segunda vez em dois anos, levantando preocupações sobre as mudanças climáticas.

Este evento extraordinário de aquecimento na Antártida terá implicações significativas para o Brasil.

Dr. Sander Fridman - 16/11

Segundo Edward Blanchard, cientista atmosférico da Universidade de Washington, em e-mail ao jornal Washington Post, “essa onda de calor é um evento quase recorde (ou recorde) para a região da Antártida em que está tendo o maior impacto”.

Ele destaca que este evento afeta uma grande parte da Antártida Oriental, que compõe a maior parte do continente.

Esta “onda de calor” polar ocorre no meio do inverno antártico, quando as temperaturas na região normalmente atingem médias de -20ºC, com picos de até -70ºC ou -80ºC em algumas estações.

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As anomalias positivas de temperatura estão entre as mais altas do planeta.

Estações na Antártida registraram temperaturas 20ºC a 30ºC acima do normal por vários dias consecutivos.

Para colocar em perspectiva, essa anomalia de temperatura de 30ºC seria equivalente a Porto Alegre registrar 60ºC em uma tarde de janeiro, mês em que a média máxima é de 31ºC, sendo o recorde de 40,7ºC (em 1º/1/1943).

Impactos no Brasil

A perturbação do vórtice polar, com temperaturas excepcionalmente altas perto do Polo Sul e ventos mais fracos ao redor do continente gelado, trará impactos para o Brasil, que serão sentidos nos próximos dias.

Com a Oscilação Antártica atipicamente negativa e ventos mais fracos em torno da Antártida, haverá uma liberação de ar muito frio em direção ao Norte, afetando latitudes médias na América do Sul, Sul da África, Austrália e Oceania.

No caso do Brasil, modelos numéricos já indicam uma incursão de ar gelado nas latitudes médias da América do Sul no final desta semana, trazendo muito frio para o Sul do Brasil.

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Os mesmos dados apontam que no início da próxima semana há chance de um segundo pulso de ar frio.

Com o avanço do ar frio de origem polar para o Norte, uma frente fria poderá se deslocar mais ao Norte pelo território brasileiro, levando chuva ao auge da estação seca para áreas do Centro-Oeste e Sudeste, especialmente nos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo.

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