Nos últimos dias, as temperaturas superficiais em certas partes da Antártida aumentaram quase 30ºC acima do normal.
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Mesmo em um ambiente naturalmente congelante, os cientistas descrevem este fenômeno como uma “onda de calor” antártica, um evento raro e prolongado que ocorre pela segunda vez em dois anos, levantando preocupações sobre as mudanças climáticas.
Este evento extraordinário de aquecimento na Antártida terá implicações significativas para o Brasil.
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Segundo Edward Blanchard, cientista atmosférico da Universidade de Washington, em e-mail ao jornal Washington Post, “essa onda de calor é um evento quase recorde (ou recorde) para a região da Antártida em que está tendo o maior impacto”.
Ele destaca que este evento afeta uma grande parte da Antártida Oriental, que compõe a maior parte do continente.
Esta “onda de calor” polar ocorre no meio do inverno antártico, quando as temperaturas na região normalmente atingem médias de -20ºC, com picos de até -70ºC ou -80ºC em algumas estações.
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As anomalias positivas de temperatura estão entre as mais altas do planeta.
Estações na Antártida registraram temperaturas 20ºC a 30ºC acima do normal por vários dias consecutivos.
Para colocar em perspectiva, essa anomalia de temperatura de 30ºC seria equivalente a Porto Alegre registrar 60ºC em uma tarde de janeiro, mês em que a média máxima é de 31ºC, sendo o recorde de 40,7ºC (em 1º/1/1943).
Impactos no Brasil
A perturbação do vórtice polar, com temperaturas excepcionalmente altas perto do Polo Sul e ventos mais fracos ao redor do continente gelado, trará impactos para o Brasil, que serão sentidos nos próximos dias.
Com a Oscilação Antártica atipicamente negativa e ventos mais fracos em torno da Antártida, haverá uma liberação de ar muito frio em direção ao Norte, afetando latitudes médias na América do Sul, Sul da África, Austrália e Oceania.
No caso do Brasil, modelos numéricos já indicam uma incursão de ar gelado nas latitudes médias da América do Sul no final desta semana, trazendo muito frio para o Sul do Brasil.
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Os mesmos dados apontam que no início da próxima semana há chance de um segundo pulso de ar frio.
Com o avanço do ar frio de origem polar para o Norte, uma frente fria poderá se deslocar mais ao Norte pelo território brasileiro, levando chuva ao auge da estação seca para áreas do Centro-Oeste e Sudeste, especialmente nos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo.
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