Área plantada com trigo será maior no Rio Grande do Sul
Com o encaminhamento para o final do plantio, a Emater/RS-Ascar reavaliou a área de trigo a ser plantada no Estado. Os novos números analisados indicam ligeiro aumento de 2,6% em relação às estimativas iniciais, passando para 974.942 hectares e projetando uma diferença de 14,68% em relação à safra passada, quando foram cultivados 850.169 hectares, segundo o IBGE. Considerando a produtividade atual, inalterada em relação à inicial de 1.881 kg/ha, a produção poderá chegar a 1,834 milhão de toneladas. No levantamento feito pela Emater/RS-Ascar foram consultados 276 municípios, que cobrem 90% do provável universo a ser cultivado.
Apesar do empenho dos produtores em concluir os trabalhos de plantio, avançando 13 pontos percentuais na área semeada, a atual safra segue em atraso se comparada com anos anteriores. Tal situação, segundo os técnicos, se deve, em grande parte, ao excesso de umidade verificado no solo nos últimos dias.
Todavia, nas regiões onde o período preferencial para o plantio se encerra neste dia dez, as lavouras já se encontram praticamente todas implantadas. Os restantes 15%, em relação ao total esperado para esta safra de 2008, deverão ser concluídos nos próximos dias, uma vez que se localizam em regiões onde o prazo se estende até fins de julho, para algumas variedades.
A canola já se encontra toda implantada no Estado, aproximadamente 20 mil hectares, apresentando desenvolvimento estável no período e melhorando no decorrer da semana. As fortes formações de geadas, no Norte do RS, prejudicaram algumas lavouras em áreas pontuais que deverão ser reavaliadas.
Hortigranjeiros
Na maioria das feiras do Estado ocorreram aumentos de preços para muitos produtos hortigranjeiros, especialmente de folhosas, que tiveram dificuldades de desenvolvimento em decorrência das fortes formações de geadas em várias áreas de produção, e reduziram a produção e qualidade das hortaliças oferecidas aos consumidores.
Em relação à próxima safra de frutas, na Serra gaúcha, a prática da poda de inverno do pessegueiro, nectarineira, macieira e ameixeira encontram-se bem avançada nos pomares de mesoclima mais quente, como os dos vales de rios, e também já começa a acelerar nas áreas mais altas. Outra prática adotada com intensidade é o tratamento das plantas com caldas sulfocálcica e bordaleza, no intuito de redução de pragas e fontes de inóculo de doenças.
Variedades mais precoces de pessegueiro, mesmo em locais de altitude maior, já se encontram em pleno florescimento, haja vista o número de horas de frio já acumulado. Estas plantas, a exemplo da safra passada, correm riscos de ser seriamente afetadas por formação de geadas, no final do inverno/início de primavera.
Prossegue a colheita da safra 2008 das laranjas, bergamotas e limões na região do Vale do Caí, maior produtora de citros do Rio Grande do Sul. Nesse momento, está ocorrendo uma antecipação da colheita das frutas cítricas, devido, principalmente, ao frio intenso e a ocorrência de formação de geadas, no mês de junho, que aceleraram a maturação.
Paralelamente, também ocorreram chuvas freqüentes neste início de julho, que prejudicam a permanência das frutas nas plantas. A oferta aumentou e a laranja Umbigo Monte Parnaso está sendo negociada ao preço de R$ 11,00/cx.
Está se aproximando o final do plantio da safra de morango na região da Serra, faltando poucas lavouras para concluir em municípios mais frios, como Vacaria. Neste município, vem aumentando gradativamente a área cultivada, sendo que no presente ano, 40 hecteres deverão ser implantados. Nas áreas mais quentes, as mudas vêm apresentando um bom desenvolvimento.
Criações
Em decorrência da alta nebulosidade, segue em ritmo lento o desenvolvimento das pastagens cultivadas. O excesso de umidade no solo também não favorece o manejo, já que facilita o arranquio das plantas jovens, assim como provoca maiores perdas pelo pisoteio.
O mercado do boi gordo segue em sucessivas altas, em decorrência da menor oferta de animais em condições para o abate. Segundo a pesquisa de preços realizada pela Emater/RS-Ascar, o preço médio do boi gordo passou de R$ 2,73 para R$ 2,83 o kg vivo, alta de 3,66%. A vaca gorda também apresentou alta. Passou de R$ 2,48 para R$ 2,57 o kg vivo ao seu preço médio e mínimo. O preço médio do leite subiu de R$ 0,64 para R$ 0,65, alta de 1,56%.