Bolívia consegue reduzir número de pessoas na pobreza extrema
De acordo com o chefe do FMI, os esforços devem ser mantidos. “O desafio é continuar nesse caminho e essa é a tendência para consolidar ainda mais o combate à pobreza no país”, disse ele. “A implementação de políticas sociais é fundamental para atender às necessidades básicas, a saúde e a educação”, acrescentou. Ele alertou, porém, que apesar dos progressos, 26 de cada 100 bolivianos ainda sobrevivem com menos de US$ 1 dólar por dia.
Lopetegui disse ainda que 11% da população da Bolívia, cerca 1,1 milhão dos 10 milhões de habitantes, saíram da linha de extrema pobreza de 2007 a 2009. Segundo ele, uma das razões dessa mudança foi a adoção de um programa de transferência de renda que beneficia os bolivianos com mais de 60 anos – cerca de 800 mil adultos.
O chefe do FMI na Bolívia disse ainda que houve melhora também nos números referentes às crianças e aos adolescentes em idade escolar. Um dos principais problemas no país era a elevada taxa de abandono. Segundo ele, a ajuda financeira para as famílias que têm estudantes conseguiu reverter a tendência.
Porém, as taxas de analfabetismo no país, conforme dados de 2006, mostram que 27 dos 100 bolivianos e um em cada dois alunos do ensino médio devem ser apontados como analfabetos funcionais, pois não compreendem o que leem. Em 1996, houve registros de que vários alunos repetiram até 13 vezes as primeiras séries primárias.
De acordo com dados do FMI e das agências multilaterais de financiamento, o número de pessoas no mundo que vivem com menos de US$ 1 dólar por dia deve chegar a 880 milhões em 2015. As informações são da agência estatal de notícias da Bolívia, a ABI.