COB quer Brasil entre os 10 melhores na Olimpíadas
O décimo colocado dos últimos Jogos, a Itália, terminou com 28 pódios. “É uma meta bem agressiva”, reconheceu o diretor executivo de Esportes do COB, Marcus Vinícius Freire.
Ao iniciar a apresentação, o diretor enumerou os países que o Brasil terá que superar nos próximos Jogos se quiser chegar a esse resultado: Espanha, Holanda, Canadá, Ucrânia, Coreia do Sul, Cuba e Itália, todos com uma soma de 14 a 28 medalhas.
No médio prazo, para os Jogos de 2020 e 2024, a meta é aproximar o Brasil de outro grupo de países, os que somaram mais de 30 medalhas: França (34), Austrália (35), Japão (38), Alemanha (44) e Reino Unido (65). No topo da lista, estão os países que o COB considera inalcançáveis nesse horizonte: Estados Unidos (104), China (88) e Rússia (82).
Sobre o desempenho nos últimos Jogos, em que o país trouxe duas medalhas a mais – mas não igualou o recorde de cinco ouros de Atenas (2004) – Freire ponderou que, entre os nove mais bem colocados, ganharam menos medalhas que nos Jogos anteriores: “Muitos falam que o Brasil aumentou só duas. Mas é importante olhar o mercado inteiro.”
Com orçamento de R$ 700 milhões via Lei Agnelo/Piva, o COB espera ampliar o número de modalidades que possam trazer medalhas. O comitê planeja aumentar o número de vitórias nos esportes em que o Brasil historicamente tem bons resultados, como vôlei, judô, futebol e vela; reforçar modalidades que têm potencial de sucesso, como boxe e ginástica artística; apoiar atletas em modalidades chamadas de contribuintes, como pentatlo moderno e canoagem; e investir em outras que podem gerar legados para os jogos de 2020 e 2024.
“Nossa ideia é ir aumentando o leque de modalidades para dar sustentabilidade a essas vitórias ao longo dos anos”, disse Freire.