Crise durará mais um ano, diz FMI
— Ainda restam 12 meses de desemprego. Há boas notícias, mas a crise não terminou. Temos que começar a falar de uma estratégia de saída, mas não chegou ainda o momento de implementá-la — declarou Strauss-Kahn no Festival Internacional do Trabalho em Rocca di Papa, na província de Roma.
O dirigente do FMI manifestou, informou a imprensa local, sua preocupação com o fato de que “muitos governos já disseram que a crise acabou, só se podendo cantar vitória quando o desemprego for derrotado”.
Para Strauss-Khan, a reativação da economia “será lenta” e existe o perigo de que esta se desenvolva “sem postos de trabalho”. Por isso ele está convencido de que “os governos não devem eliminar ainda as medidas de apoio e estímulo à economia”, com o objetivo de incentivar a sua recuperação. No entanto, por outro lado, o diretor do FMI acredita que não se pode aumentar o déficit público.
A receita de Strauss-Kahn, para evitar que a crise desta entidade se repita, é “revisar o conjunto de regras da economia em nível global”, visto que sua falta, assegurou, foi uma das causas da recessão. Segundo ele, é fundamental “reforçar a legitimidade das instituições internacionais e proceder mais rapidamente com as medidas para a regulamentação do sistema financeiro”.