Educação Vem de Berço ou Não? (Parte II) Jovens - Litoralmania ®
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Educação Vem de Berço ou Não? (Parte II) Jovens

Nos dias atuais, só se ouve falar da falta de educação dos jovens, e a frase mais repetida é: Isso é culpa dos pais! Aqui, quero questionar esta culpa.  Pergunto, quantos pais que tem mais de um filho, ambos criados de maneira igual e, um é ladrão e outro um empreendedor. Onde erraram estes pais? Qual a culpa eles tem, pelo destino de vida que seus filhos escolheram? Será que disseram mais a palavra “não” a um do que ao outro? Mimaram mais um do que outro? Penso que o grande problema que existe, é única e exclusivamente, de que na era da ditadura da psicologia infantil, bater nas crianças, hoje passou a ser politicamente incorreto, o que eu acho extremamente incorreto politicamente falando.

É indiscutível, que uma boa educação dentro do seio familiar, onde os pais disciplinam, limitam e punem os seus filhos, exercitando nos seus filhos a prática do sim, sim; não, não, ou seja, os filhos têm que ouvir as palavras: sim, por merecimento e não: como forma de limites e  cobrança com punição se necessário for. Os pais mandam e os filhos obedecem. Nós temos que identificar quem são os filhos e quem são os pais.

Os pais, devem deter autoridade sobre seus filhos: sim. Devem dar bastante carinho (sem mimos extremos), dedicação, cuidados no período do desenvolvimento e das fases de criança até adolescência e etc… Sou adepta, que umas boas chineladas e palmadas  na bunda da criançada, junto com castigos, tipo: não vai brincar com os colegas  por tantos dias, ou fica sem vídeo game por uma semana. Todas estas medidas e regras infringidas aos filhos, pelos seus pais, evitariam, com certeza, de que estes quando adultos não cometessem desatinos.

O jovem em seu estado normal,  tem interrogações, questiona o mundo, os outros e a si mesmo. Alem disso, está sempre em busca de um ideal para investir sua vida, ainda que não seja explícito. Quero focar, os fatos que se reportam aos jovens, que são autores ou vítimas da violência.

Temos no nosso cotidiano, milhares de exemplos de casos que só aconteceram, por causa da falta de uma boa e exemplar educação abastecida de disciplina e limites de pais sobre seus filhos. E estas notícias são amplamente divulgadas através da imprensa. Mas, acho que também vale falar sobre aquela educação que a gente tem em casa, do obrigado, por favor, me desculpe.

Hoje grande parcela de jovens com os quais convivemos estão desatentos, descompromissados, cada vez mais mal educados e egoístas. Brigas com desafetos, família e professores são normais para eles. E nós, estamos ficando anestesiados, não agimos, nem  reagimos de forma a acabar com isso. Deixamos para a policia. Quando esta é acionada geralmente é tarde para recuperá-los.

Essa geração pouco se envolve em movimentos sociais. Não se preocupam com seus próprios familiares, quem dirá com os pobres, doentes e idosos desconhecidos. Se convidados a fazer parte de algum movimento social a primeira pergunta que fazem é: – O que é que eu ganho com isso? Esta, é a geração do eu. Uma geração que divide seu tempo, ouvindo música, jogando vídeo game ou teclando no computador. Ou trabalhando o dia todo, e noite cursando faculdade, e os finais de semana, festas.

Não se pode generalizar nada, cada um terá a sua oportunidade na vida e um conjunto de fatores aliados à sua escolha fará que este jovem, tenha sucesso ou fracasso… O mundo, da maneira que  está se torna cada vez mais competitivo, elegendo para seus líderes, os mais “espertos”, os mais bem relacionados e nem sempre os mais éticos. Vemos muitos jovens mal educados e arrogantes de ontem que hoje são donos de impérios ou trafegam com desenvoltura junto ao poder.

A culpa não é dos jovens, mas dos pais, da sociedade civil,  que já foi jovem. E estes, por motivos justos naquela época, foram rompendo as barreiras da ética. Hoje vale tudo para ser alguém, quem não se destaca é um perdedor. E, uma vez que se tenha chegado ao topo, ninguém se preocupa com os caminhos traçados para se chegar ali.

Para que uma mudança drástica aconteça o melhor remédio sempre será a prevenção. Com a educação e cultura, como insistentemente digo em meus artigos, a educação e cultura é a chave para abrir a porta do bem estar social como um todo, principalmente para um futuro mais humano para nossa sociedade.

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