Eleições no Chile polarizam esquerda e direita
No próximo dia 17, os chilenos mostrarão nas urnas e com os votos se o país quer um governo de direita ou de esquerda. Os candidatos Sebastián Piñeira (Alianza) e Eduardo Frei Ruiz (Concertación) se esforçam para ganhar a confiança do eleitorado e não escondem as restrições que têm um em relação ao outro.
Tanto no primeiro turno quanto agora, Piñeira concentrou seu discurso na necessidade de mudança. O tom escolhido agradou ao eleitorado chileno, que permitiu que ele abrisse uma diferença de 14 pontos percentuais em relação a Frei Ruiz. A principal queixa dos chilenos é que Frei Ruiz não faria um governo diferente do que comandou de 1994 a 2000, encerrado com uma baixíssima popularidade.
O ex-presidente da República foi escolhido candidato da Concertación – coligação da presidente Michelle Bachelet -, mesmo tendo adversários com mais votos internos. Ele foi designado por ter um perfil mais ao centro do que os demais da coligação. Durante a campanha, Frei foi apontado como um personagem frio e pouco carismático.
Na reta final das eleições, Frei tenta mudar sua imagem. Em companhia de correligionários e de parentes, o ex-presidente planeja percorrer as principais cidades, visitar os eleitores e pedir votos pessoalmente. Também faz campanha com um tom mais agressivo, criticando a possibilidade de o Chile ter um homem de direita no comando do país.