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Eleições no Chile polarizam esquerda e direita

No próximo dia 17, os chilenos mostrarão nas urnas e com os votos se o país quer um governo de direita ou de esquerda. Os candidatos Sebastián Piñeira (Alianza) e Eduardo Frei Ruiz (Concertación) se esforçam para ganhar a confiança do eleitorado e não escondem as restrições que têm um em relação ao outro.

O empresário Piñeira tenta se apresentar como um conservador diferente de seus antecessores, uma vez que não é ligado aos militares e fez campanha contra o prolongamento do mandato do ex-presidente Augusto Pinochet, em 1989. É um dos homens mais ricos do país, dono da empresa aérea Lan Chile, da rede de televisão Chile Visión e do time de futebol Colo Colo.

Tanto no primeiro turno quanto agora, Piñeira concentrou seu discurso na necessidade de mudança. O tom escolhido agradou ao eleitorado chileno, que permitiu que ele abrisse uma diferença de 14 pontos percentuais em relação a Frei Ruiz. A principal queixa dos chilenos é que Frei Ruiz não faria um governo diferente do que comandou de 1994 a 2000, encerrado com uma baixíssima popularidade.

O ex-presidente da República foi escolhido candidato da Concertación – coligação da presidente Michelle Bachelet -, mesmo tendo adversários com mais votos internos. Ele foi designado por ter um perfil mais ao centro do que os demais da coligação. Durante a campanha, Frei foi apontado como um personagem frio e pouco carismático.

Na reta final das eleições, Frei tenta mudar sua imagem. Em companhia de correligionários e de parentes, o ex-presidente planeja percorrer as principais cidades, visitar os eleitores e pedir votos pessoalmente. Também faz campanha com um tom mais agressivo, criticando a possibilidade de o Chile ter um homem de direita no comando do país.

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