Energia eólica traz benefícios ao consumidor, mostra estudo
O diretor da empresa PSR Consultoria, Jorge Trinkenreich, defendeu a utilização no Brasil de energia eólica, obtida pelo movimento dos ventos. Estudos feito pela empresa para a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) mostraram que embora o investimento nessa fonte de energia seja maior que o de uma usina termelétrica tradicional, os benefícios para o consumidor reduzem, de forma substancial, a diferença de investimento.
Esses benefícios são proporcionados pelos menores custos de operação provenientes dos combustíveis fósseis e do uso mais eficiente dos reservatórios do sistema. A PSR atua em vários países no mercado de energia desde 1987.
O custo de investimento de uma usina eólica dividido pela energia gerada resulta em um preço de venda em torno de R$ 205,00 por megawatt hora (MWh), enquanto o de uma usina térmica convencional, movida a óleo combustível por exemplo, apresenta custo de R$ 145,00 por MWh. A diferença de R$ 60,00 entre essas duas fontes de energia pode se reduzir para cerca de R$ 17,00, considerando-se que a usina eólica vai gerar mais energia, além de substituir a geração térmica, cujo combustível tem preço elevado.
“O sistema vai pagar menos por combustível durante a geração. Isso significa que o consumidor, no fundo, vai ter um benefício porque eu coloquei uma eólica no sistema que vai gerar energia a um custo de operação nulo e vai deixar de gerar o óleo combustível ou o gás natural”, explicou Jorge Trinkenreich em entrevista à Agência Brasil, . O executivo destacou que os valores citados se referem à diferença entre a opção eólica e a opção térmica convencional e não ao preço efetivo de venda de energia.
Para ele, o uso de energia eólica pode ser benéfico ao sistema, além de econômico, porque vai operar em conjunto com as usinas hidrelétricas. “E, como reserva, ela vai substituir energia mais poluente, como as térmicas a óleo combustível e até mesmo a gás natural, trazendo benefício ao sistema em termos de menor tarifa ao consumidor”.