Entenda a crise no Mali
Os grupos extremistas islâmicos, que representam três comandos distintos, ocupam o Norte do Mali, enquanto o governo tem o controle do Sul. A população se queixa da insegurança e das pressões por parte dos extremistas que adotam a sharia, a aplicação dos preceitos islâmicos no cotidiano.
Os grupos extremistas que atuam no Norte do Mali são a Al Qaeda do Magrebe Islâmico (Aqmi), o Ansar Dine Movimento para a Unidade e a Jihad no Oeste Africano (Mujao). Em decorrência dos confrontos entre os extremistas e as forças do governo, o número de refugiados aumenta diariamente, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
Um boletim da semana passada informou que o número de refugiados do Mali para os países vizinhos em busca de abrigo e segurança chega a 150 mil. Mas o Escritório de Coordenação dos Assuntos Humanitários (Ocha) acrescentou que há cerca de 230 mil cidadãos deslocados dentro do Mali.
O Mali é o sétimo maior país do Continente Africano em extensão e um dos mais populosos da região, cercado por sete países – Argélia, Níger, Mauritânia e Senegal, além da Costa do Marfim, Guiné e de Burkina Faso.