Fortalecida campanha de erradicação do trabalho infantil em B. Pinhal
Os programas da Secretaria que têm este foco de trabalho é o Sentinela e o PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil.
A primeira razão é o fato de crianças ainda não terem seus ossos e músculos completamente desenvolvidos, correndo assim maior risco de sofrer deformações dos ossos, cansaço muscular e prejuízos ao crescimento e desenvolvimento, dependendo do ambiente e condições de trabalho a que forem submetidas.
A cartilha também explica que a ventilação pulmonar (entrada e saída de ar dos pulmões) é reduzida e por isso as crianças têm maior frequência respiratória, o que provoca maior absorção de substâncias tóxicas e maior desgaste que os adultos, podendo inclusive levar à morte.
A terceira razão é que crianças têm maior frequencia cardíaca que os adultos para o mesmo esforço (o coração bate mais rápido para bombear o sangue para o corpo) e por isso ficam mais cansadas do que eles, ainda que exercendo a mesma atividade.
Segundo a cartilha, a exposição das crianças às pressões do mundo do trabalho pode provocar diversos sintomas, como por exemplo dores de cabeça, insônias, tonteiras, irritabilidade, dificuldade de concentração e memorização, taquicardia e, consequentemente, baixo rendimento escolar. Isso ocorre mais facilmente nas crianças porque o sistema nervoso não está totalmente desenvolvido. Além disso, essas pressões podem causar diversos problemas psicológicos, como medo, tristeza e insegurança.
Outra razão pelas quais as crianças não devem ter a obrigação de trabalhar é que crianças têm fígado, baço, rins, estômago e intestinos em desenvolvimento, o que provoca maior contaminação pela absorção de substâncias tóxicas.
A cartilha que está sendo distribuída no município também atenta para o fato de que o corpo das crianças produz mais calor que o dos adultos quando submetidos a trabalhos pesados, o que pode causar, dentre outras coisas, desidratação e maior cansaço.
Outra razão é que as crianças têm a pele menos desenvolvida, sendo mais vulneráveis que os adultos aos efeitos dos agentes físicos, mecânicos, químicos e biológicos.
As crianças também possuem visão periférica menor que a da adulta, tendo menos percepção do que acontece ao seu redor. Além disso, os instrumentos de trabalho e os equipamentos de proteção não foram feitos para o tamanho de uma criança, possibilitando que estas fiquem mais suscetíveis a acidentes de trabalho.
Crianças também têm maior sensibilidade aos ruídos que os adultos, o que pode provocar perdas auditivas mais intensas e rápidas.
Outra razão é que o trabalho infantil produz tríplice exclusão: na infância, quando perde a oportunidade de brincar, estudar e aprender; na idade adulta, quando perde a oportunidade de trabalhar por falta de qualificação profissional e na velhice, pela consequente falta de condições dignas de sobrevivência.