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Futuro da Lagoa dos Barros volta a ser debatido

A polêmica instalação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), de Osório, voltou a ser debatida.

No primeiro encontro dos integrantes da Subcomissão para tratar da Lagoa dos Barros, estiveram presentes o diretor do Centro de Pesquisas Costeiras e Oceânicas da UFRGS (CECO), Nélson Grüber, o professor, pesquisador e geólogo, Marcos Hansen, o pesquisador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), especialista em lagoas, Friedrich Herms, e mais dois parlamentares membros da Subcomissão.

Dentre vários aspectos técnicos tratados na reunião, o principal consenso dos parlamentares e estudiosos foi de que “falta um estudo mais integrado de toda região”.

Todas as lagoas do Litoral estão protegidas por diretrizes da FEPAM, que impedem o lançamento de efluentes nas lagoas. Porém, existe uma que não está imunizada: a Lagoa dos Barros. “Legalmente eles estão corretos, mas tecnicamente não”, define o pesquisador carioca, mais conhecido como Fred.

Segundo Grüber, não há um projeto sobre o impacto do lançamento de efluentes no local e a caracterização hidróloga é de 1969, ou seja, não existe um estudo recente sobre as conseqüências de um ETE nas águas dessa lagoa: “A Lagoa dos Barros tem todas as condições para não ser uma lagoa que receba esgoto”, relata o pesquisador da UFRGS.

No Rio de Janeiro, estado com metade da extensão territorial do RS, existe dez regiões hidrográficas, enquanto no estado gaúcho são apenas três: “O cenário é político. Com vontade política, aliado ao conhecimento técnico, vamos reverter a atual situação do Rio Grande do Sul, que está muito atrasado em questões ambientais”, sintetiza o geólgo Hansen.

A Subcomissão, dentre várias ações, fará uma solicitação as instituições do estudo ambiental complementar da Lagoa, observará o impacto socio-econômico na região e solicitará a FEPAM um Projeto de Lançamento dos efluentes na lagoa. Para o líder e relator da Subcomissão, deputado Paulo Borges, há uma questão imediata no assunto: o rumo que tomará os 30% já concluídos da obra. Para o parlamentar, a situação é totalmente reversível, basta o engajamento político: “Muitas problemas que assolam nosso estado têm soluções simples, o que falta é vontade fazer”.

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