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Governo quer aumentar consumo de pescado por pessoa

O Ministério da Aqüicultura e Pesca pretende atingir a meta de consumo anual de 9 quilos de pescado por brasileiro até 2011. Atualmente, a média por habitante é de 7 quilos, quantidade considerada baixa pelo ministro da pasta, Altemir Gregolin. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a ingestão de pescado por pessoa seja de 12 quilos por ano.

Com o objetivo de incentivar o consumo de pescado no Brasil, o ministério promove a quinta edição da Semana do Peixe. De acordo com Gregolin, uma das razões para o baixo consumo é o preço do produto. “O preço médio do pescado é superior ao de outras carnes. Quem consome é quem tem renda ou acesso direto, como pessoas que moram em regiões pesqueiras”, afirmou durante o lançamento da semana, que ocorreu ontem (25), em São Paulo.

Para baixar o valor do pescado, o ministério tem criado diversas políticas públicas destinadas a garantir a qualidade do produto e a regular os preços, investindo em infra-estrutura, capacitação e pesquisas. A idéia é aumentar a produção anual de 1 milhão para 1,4 milhão de toneladas até 2011 e transformar o pescado brasileiro em produto competitivo no mercado internacional. “Nos próximos anos, o preço deve cair entre 20 e 30%”, calcula o ministro.

Gregolin disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “é sensível a essa causa” e investirá na área R$ 1,075 bilhão em recursos orçamentários até 2011. “É a primeira vez que o Brasil tem um ministério e uma política de Estado para a pesca e aqüicultura. Vamos criar condições para uma cadeia produtiva capaz de estimular a oferta e demanda de peixe.”

A quinta edição da semana conta com a parceria da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e da Associação Nacional dos Restaurantes (ANR), que criaram festivais gastronômicos e promoções nos supermercados para aumentar as vendas de peixes no país. “Graças às parcerias construídas com diversas entidades, essa é a nossa melhor semana”, avaliou o ministro.

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