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Mais de 11 mil pessoas foram mortas durante crise na Síria

No momento em que uma missão de observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) está em Damasco, capital síria, a organização não governamental (ONG) Observatório Sírio dos Direitos Humanos informou hoje (16) que, em 13 meses, 11.117 pessoas morreram no país em decorrência da onda de violência. Apenas nos últimos quatro dias, desde que foi imposto o cessar-fogo, 55 pessoas morreram.

Pelos números da ONG, entre as vítimas estão 7.972 civis e 3.145 militares e desertores. As informações são do presidente do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Rami Abdel Rahmane. Segundo ele, o cessar-fogo não impediu os embates entre forças leais ao governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, e a oposição.

Desde março de 2011, Assad é alvo de protestos no país, aos quais reage com o uso de força. Os manifestantes reivindicam sua renúncia, a abertura política do país e o fim da onda de violência. Observadores internacionais identificaram casos de violação de direitos humanos, como estupros, prisões indevidas e detenção de crianças.

Uma equipe de seis observadores da ONU chegou hoje a Damasco. O objetivo do grupo é verificar a execução do plano de cessar-fogo na região. O grupo é liderado pelo coronel marroquino Ahmed Himmiche, que aguarda a chegada de mais 24 observadores nos próximos dias.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou no dia 14, por unanimidade dos seus 15 membros, a Resolução 2042, que vai permite o envio à Síria de uma equipe de até 30 observadores para a região.

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