Morre o antropólogo Claude Lévi-Strauss
Lévi-Strauss foi um dos nomes mais importantes da antropologia e tinha uma ligação especial com o Brasil, onde viveu entre 1935 e 1939. A Universidade de São Paulo (USP) contratou um grupo de professores para o que foi chamado de Missão Francesa.
Nomes como Pierre Monbeig, Roger Bastide, Fernand Braudel e Lévi-Strauss se mudaram para São Paulo com o objetivo de montar os cursos nas áreas de ciências sociais. O relato dos estudos feitos pelo pesquisador durante esse período está no livro Tristes Trópicos, lançado por Lévi-Strauss em 1955.
O antropólogo costumava dizer que o que o convenceu a se mudar para o Brasil foi a informação de que havia índios nos “arrabaldes [da cidade de São Paulo]” e que ele poderia “dedicar-lhes os seus fins de semana”. A realidade era outra, como veio a descobrir.
Lévi-Strauss viajou a Mato Grosso para visitar povos indígenas que foram fotografados por ele e tiveram registradas suas formas de vida. De volta à Europa, o antropólogo desenvolveu sua carreira e realizou diversos trabalhos sobre a “estrutura dos mitos”.