Mulher enfrenta júri no RS por homicídio de jovem após aplicação de silicone industrial
Rio Grande do Sul: Uma mulher de 40 anos de idade será julgada pelo Tribunal do Júri de Santa Cruz do Sul na próxima quinta-feira, 8 de agosto, pelo homicídio com dolo eventual de Mélani Danielly Aguiar Maia, uma jovem de 20 anos.
O crime ocorreu em 27 de agosto de 2020, quando a acusada aplicou uma injeção de silicone industrial em Mélani, que faleceu quatro dias depois em um hospital da região do Vale do Rio Pardo.
Conforme a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), apresentada à Justiça em outubro de 2020, a causa da morte foi uma “síndrome séptica secundária à injeção de silicone industrial”, decorrente das lesões provocadas pela aplicação do produto em um ambiente inadequado.
O procedimento foi realizado de forma clandestina, sem a devida formação técnica e em uma pensão onde a jovem estava hospedada temporariamente.
O MPRS argumenta que a ré assumiu o risco de provocar a morte da vítima, e o promotor de Justiça Gustavo Burgos de Oliveira atuará na acusação durante o julgamento.
“Estamos buscando a condenação da acusada não apenas como uma medida repressiva, mas também para alertar a sociedade sobre os perigos do uso desse tipo de substância, que é altamente prejudicial à saúde humana.
O silicone industrial é utilizado para fins como limpeza de carros, impermeabilização de azulejos e vedação de vidros, sendo absolutamente inadequado para uso em procedimentos estéticos”, destacou o promotor.
A aplicação do silicone foi feita nas nádegas e no quadril da jovem. Horas após o procedimento, Mélani passou mal e precisou ser levada ao Hospital Santa Cruz, onde veio a falecer no dia 31 de agosto de 2020.
A acusada responde ao processo em liberdade.
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