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Orçamento de 2008 gera impasse entre governo do Estado e Judiciário

O Orçamento de 2008 está estremecendo as relações entre o governo do Estado e o Poder Judiciário. A peça orçamentária é a primeira da gestão Yeda Crusius.

Os juízes reclamam que as verbas do Judiciário para o próximo ano foram reduzidas e ameaçam ir ao Supremo Tribunal Federal para garantir a suplementação.

Um encontro foi realizado na noite desta terça-feira e não houve acordo. O governo propôs a destinação de pouco mais de R$ 1,2 bi, valores inferiores ao do orçamento 2007.  

O desembargador José Aquino de Camargo atacou dizendo que o governo Yeda está propondo a paralisia do Judiciário.

– A redução pra nós significa redução drástica de serviços judiciários que hoje já estão deficientes, auqém das expectativa da população. Significa possovelmente desativação de Varas, Comarcas, redução de serviços, o que é, no mínimo, inusitado – disse Aquino à Rádio Gaúcha.
A governadora Yeda Crusius considerou os valores pleiteados pelo Judiciário altos demais. A diferença entre as duas propostas chega a aproximadamente R$ 200 milhões.

Em defesa do governo, o secretário de Planejamento, Ariosto Culau, disse que as discussões não podem ter como base o orçamento deste ano que, segundo ele, é irreal.

– O orçamento deste ano é irreal. Ele tem 1,7 bilhões a mais de receita do que aquilo que foi aprovado na Assembléia. O Executivo só pode disponibilizar recursos do tamanho de sua receita – ponderou Culau.

Um novo encontro entre o Governo do Estado e o Poder Judiciário deve ocorrer ainda nesta semana.

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