Osório terá o Teste da Orelhinha na rede municipal de saúde
A fonoaudióloga Celina Rech Maggi explica que o exame é simples, não dói, não causa desconforto no recém-nascido e não tem nenhuma contra-indicação. “O exame deve ser feito no máximo até os três meses de idade, o ideal é que a primeira avaliação seja feita no primeiro mês de vida”, orienta Celina.
O Rio Grande do Sul é pioneiro na realização do exame e Osório está entre os 47 municípios do Estado que vão poder oferecer gratuitamente o exame na rede pública. Os pais devem agendar o exame logo após o nascimento do bebê. “A audição não tem como ser detectada apenas olhando para o bebê, tem que fazer o teste, sabendo se ela ouve ou não, é que a gente vai saber se ela vai desenvolver bem a fala, a gente precisa ouvir para aprender a falar. Se a criança não ouve, ela não vai aprender a falar”, destaca a fonoaudióloga.
O quanto antes o bebê surdo for diagnosticado e antes iniciar o tratamento, maiores serão as chances para ele desenvolver a fala de forma semelhante a uma criança ouvinte. “O período em que o cérebro está mais apto para desenvolver a fala vai até os quatro anos de idade, esse é o período crítico do desenvolvimento da linguagem, a criança precisa da estimulação auditiva desde os primeiros dias de vida”, afirma Celina.
O número de crianças que nascem com surdez é muito mais alto quando comparado com outras doenças neonatais diagnosticadas no teste do pezinho. Qualquer recém-nascido pode apresentar um problema auditivo ao nascimento ou adquiri-lo nos primeiros anos de vida. Cerca de 50% das crianças surdas nascem em famílias de ouvintes.
O Teste da Orelhinha poderá ser feito em Osório no Posto Médico Dr. Flávio Silveira (Rua Garibaldi, 225, bairro Sulbrasileiro) através de agendamento. Mais informações pelo telefone (51) 3663 1811.