Palestinos e israelenses devem retomar negociações pela paz
O presidente de Israel, Shimon Peres, afirmou que há interesse de seu país em retomar as negociações com os palestinos em busca da superação de obstáculos que impedem as articulações por uma acordo de paz na região. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou a disposição de seu país, com a mediação dos Estados Unidos. As informações são da agência oficial de notícias da Argentina, Telam.
Paralelamente atos de violência ocorreram hoje na Cisjordânia. Um protesto promovido por palestinos foi contido por forças policiais e acabou com quatro manifestantes feridos por balas de borracha – disparadas por soldados israelenses em Beit Jalla, uma vila nos arredores de Jerusalém.
O Exército israelense disse que tinha usado “métodos não letais” como gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.
As conversas estão paralisadas desde dezembro de 2008. A retomada das negociações conta com o apoio de integrantes da Liga Árabe. “As diferenças são pequenas e estamos interessados em estabelecer um clima estável e a defesa de um o Estado palestino independente”, afirmou Peres, depois de um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca, Lene Espersen.
O calendário de negociações tem a participação de integrantes das 22 nações que compõem a Liga Árabe. A reação dos árabes ocorreu depois que Israel anunciou a construção de um novo projeto habitacional para os judeus na parte oriental de Jerusalém – área tradicional sob domínio árabe.
A expectativa, segundo as autoridades, é que as negociações sejam retomadas esta semana com discussões preliminares sobre “questões fundamentais”. “Israel adotou o princípio de dois Estados e dois povos”, disse Peres, que participa das negociações desde 1990.
Na última sexta-feira (30), a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que o objetivo é avançar nas negociações até que se chegue a um acordo final. O primeiro-ministro do Catar, Hamad Bin Jasim Bin Jabir Al-Thani, que lidera a iniciativa na Liga Árabe de Paz, afirmou que “encontrou sinais positivos na sua comunicação com os Estados Unidos”.