Papa Francisco pede diálogo entre oposição e governo da Venezuela
“Sigo com particular preocupação o que está acontecendo nestes dias na Venezuela. Desejo, vivamente, que a violência e hostilidades cessem o quanto antes, e que todo o povo venezuelano, começando pelos responsáveis políticos e institucionais, não poupe esforços para favorecer a reconciliação nacional”, disse.
Ele afirmou estar em constante oração, especialmente por aqueles que perderam a vida nos enfrentamentos. “Por seus parentes, convido também a todos os crentes a elevar súplicas a Deus”, acrescentou.
Além das declarações aos fiéis na Praça São Pedro, a Igreja Católica se pronunciou em comunicado emitido pela presidência da Conferência Episcopal da Venezuela. Os bispos afirmaram lamentar os últimos acontecimentos, pela carga de violência, os mortos e feridos, e a destruição de patrimônio familiar e institucional.
“Os falecidos e feridos não pertencem nem ao governo, nem à oposição. Pertencem aos seus parentes e ao povo da Venezuela, sem distinções, e nem cores”, diz o comunicado.
A Conferência Episcopal da Venezuela disse que os estudantes “devem ter garantias para promover manifestações, de acordo com o estabelecido na Constituição do país”. E frisou: “Contudo, sem violência”.
O papa Francisco recebeu o presidente Nicolás Maduro em junho do ano passado. E o governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, representante da oposição, em novembro do mesmo ano. A região mais praticada na Venezuela é o catolicismo.