Parlamentares do Irã querem condenação de manifestantes
O procurador-geral e porta-voz da Justiça do Irã, Gholam-Hossein Mohseni-Ejei, informou que será promovido um julgamento “firme e rápido” dos líderes das manifestações. Os protestos foram organizados com o objetivo de apoiar as mudanças dos governos do Egito e da Tunísia – cujos presidentes deixaram o poder, depois de uma série de manifestações.
Porém, os protestos se transformaram em manifestações contrárias ao governo Ahmadinejad. O governo proibiu as manifestações e deslocou mais policiais para as ruas. Houve uso de balas de borracha e gás lacrimogênio. As informações são da rede estatal de televisão do Irã, PressTV, e da agência pública de notícias iraniana, Irna.
Para as autoridades iranianas, a confusão nos protestos foi promovida pelos manifestantes, acusados de atear fogo em lixeiras e ameaçar os contrários ao movimento. Segundo o chefe de Polícia, o general Ahmad Reza Radan, nove militares ficaram feridos. De acordo com ele, houve várias prisões também. Mas não revelou os números.
Em 2009, quando houve a reeleição de Ahmadinejad, milhares de manifestantes saíram às ruas das principais cidades do Irã em protesto contra o resultado das eleições que deu vitória ao presidente. As manifestações foram contidas à força. Houve denúncias de violação de direitos humanos. Desde então, os protestos são proibidos no Irã apesar de o governo ter informado posteriormente que havia autorizado a realização da manifestação em favor do Egito e da Tunísia.