Parlamento brasileiro: em se “plantando, tudo dá - Litoralmania ®
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Parlamento brasileiro: em se “plantando, tudo dá

Há muito tempo não mais assisto ao Jornal Nacional ou a qualquer outro noticiário televisivo; deixei de ler as páginas políticas dos jornais, até mesmo as articulistas de ZH, Rosane Oliveira e Carolina Bahia. As notícias, os fatos são sempre os mesmos. Apenas mudam os CPF’s.

Alienação? Não! É desesperança, mesmo! Desgosto, frustração, sensação de irreversível derrota. Consciência de que jamais terei o direito de viver num pais com governantes e políticos decentes e minimamente éticos.

Falcatruas, fraudes, corrupção, roubalheira sempre houve. O talentoso punguista, o “batedor de carteiras”, que fazia dos transportes coletivos o palco para a sua maestria e furtava-nos a carteira sem que ao menos pressentíssemos os dedos ágeis vasculhando nossos bolsos deu lugar aos drogados, aos traficantes e a mais insana bandidagem, os munindo de armas pesadas, com as quais matam sem restrições.

A política trilhou, de igual forma, o caminho ascensor do crime. “Abençoados” por “Don” Lula da Silva, o capo dei capi, que estendeu aos genoínos, aos dirceus, aos delúbios e toda a interminável lista de velhacos amigos, as sombras do manto da impunidade, nem que, para isso, necessário fosse a organizada quadrilha assassinar companheiros que não compactuassem com as desonestidades, ou nomeando alguns comprometidos “zé ninguém” para vestir a toga de ministro dos mais altos tribunais. O “rabo” ficaria eternamente preso ao “padrinho”.

A desfaçatez, o cinismo e a velhacaria protagonizados por cada elemento do bando atingiu a proporções inimagináveis. As Cataratas de Iguaçu e Paulo Afonso são riachos ante a vazão e os “tentáculos” de apenas um “Cachoeira”. Pudera, tendo como grande mestre e defensor Márcio Tomás Bastos, os discípulos fazem, sem qualquer equívoco, a “lição de casa”.

Renan Calheiros é o exemplo flagrante desse aprendizado, do qual hoje é mestre: a arte da sobrevivência no Senado, ante o artifício que o beneficiou, num passado recente: o voto secreto em plenário. Essa fraude, criada para proteger a “independência“ de deputados e senadores acabou se tornando uma arma do corporativismo. Calheiros foi acusado de ter contas pagas por lobistas de empreiteiras, de favorecer uma empresa e de comprar rádios por meio de laranjas, foi absolvido em 2007.

O senador Demóstenes Torres, acossado por denúncias de envolvimento com Carlinhos Cachoeira, aposta na possibilidade de repetir o feito de Renan Calheiros.

É preciso dizer mais?

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