Patriota condena violência na Síria, mas rebate uso de forças militares
Patriota está em Genebra, na Suíça, onde participa da reunião denominada Segmento de Alto Nível da 22ª Sessão Ordinária do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). O conselho existe há sete anos e é responsável pelo fortalecimento da promoção e proteção, assim como pelo tratamento de situações de violação dos direitos humanos.
Ao mencionar a crise na Síria, que completa dois anos em março, Patriota reiterou que a busca pela paz não pode ser “imposta”, nem ocorrer por meio do uso de “forças militares”. Segundo ele, é lamentável o registro de aumento de mortos, vítimas dos confrontos armados na região. As estimativas mais recentes superam 100 mil mortos.
O chanceler ressaltou a necessidade de buscar um acordo entre palestinos e israelenses. O conflito aumentou com a manutenção da política israelense de construção de imóveis na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. “O conflito Israel-Palestina é uma das fontes mais sérias de tensão das relações internacionais”, acrescentou.
Patriota apelou para que o Conselho de Direitos Humanos participe de maneira ativa no combate à xenofobia, ao racismo e à islamofobia. Segundo ele, é fundamental agir contra a intolerância. “A discriminação racial, sob qualquer forma, é incompatível com os direitos humanos”, disse. “A proteção civil deve ser implementada de maneira não seletiva.”
O ministro lembrou os impactos dos ataques dos drones (aviões não tripulados) sobre as populações civis e a necessidade de evitá-los. No segundo semestre, a ONU pretende investigar denúncias que envolvem mais de 20 ataques registrados no Oriente Médio e na África. Patriota defendeu ainda a atuação do grupo de trabalho que analisa as denúncias de execuções sumárias e arbitrárias.
O chanceler participa da reunião do Segmento de Alto Nível do Conselho de Direitos Humanos (CDH) que ocorre uma vez por ano. Os 20 Anos da Declaração e Programa de Ação de Viena e sobre o empoderamento da mulher são o tema da sessão este ano.
O Brasil foi eleito em novembro de 2012 para um mandato de três anos no Conselho de Direitos Humanos. Anteriormente, já exerceu o cargo por dois períodos consecutivos, de 2006 a 2011.