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PF deflagra operação para combater pedofilia na internet

Na manhã desta quinta-feira (20), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Carrossel, com o objetivo de combater a pedofilia na internet, a rede mundial de computadores. Cerca de 410 policiais estão cumprindo 102 mandados de busca e apreensão em 14 estados e no Distrito Federal.

Segundo a PF, até agora, pelo menos duas pessoas já foram presas em flagrante. Em Fortaleza, um homem de 31 anos foi preso enquanto tentava baixar no computador um vídeo com pornografia infantil. A outra prisão ocorreu no estado de São Paulo.

Investigações

As investigações da Operação Carrossel começaram em agosto de 2007. Os policiais localizaram uma comunidade de pessoas que utilizava um programa de compartilhamento de material pornográfico infantil, como imagens e vídeos.

A PF não sabe se os integrantes do grupo se conheciam, já que a identificação dos suspeitos foi feita pelo número do computador. “Há casos de computadores que eram de empresas ou residências, que podem ser usados por várias pessoas. O primeiro passo é a perícia desses equipamentos, para depois identificarmos os suspeitos”, disse o delegado Adalton Martins, da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos.

A PF localizou os computadores dos suspeitos a partir dos endereços (os IPs) das máquinas usadas. Durante a ação, estão sendo apreendidos computadores, CDs e outras provas que impliquem a prática do crime. Todo o material será enviado para perícia.

Operação inédita

Segundo o delegado Adalton Martins, esta é a primeira vez que a PF realiza uma operação de combate à pedofilia a partir de informações obtidas pela própria instituição.

“Nas outras três operações que fizemos, as informações vieram de outros países e chegaram a nós. Já agora, as investigações ocorreram a partir de um programa nacional de rastreamento, com tecnologia daqui”, disse.

A Operação Carrossel também identificou em 78 países usuários que compartilhavam material com conteúdo pedófilo. Segundo o delegado Adalton Martins, esses países já foram avisados pela representação da Interpol no Brasil e pela própria PF.

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